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Café recua na ICE por temor com recuperação lenta da Europa em meio à pandemia

18 mar 2021, 16:31 - atualizado em 18 mar 2021, 16:31
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O café robusta para maio recuou 26 dólares (Imagem: REUTERS/Mariana Bazo)

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE tiveram forte queda nesta quinta-feira, pressionados por temores de uma recuperação mais lenta da Europa da pandemia de coronavírus, o que poderia afetar a demanda por café.

Os futuros do açúcar também terminaram em baixa, diante do recuo nos preços do petróleo.

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O contrato maio do café arábica fechou em queda de 2,7%, a 1,2995 dólar por libra-peso.

Operadores disseram que as restrições impostas por diversos países europeus à distribuição da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, bem como o aumento no número de casos da doença em algumas nações do continente, afetaram os preços da commodity, já que podem resultar em uma reabertura mais lenta de cafeterias e restaurantes.

Eles também destacaram que, no Brasil, o real recuperou algum terreno após o Banco Central elevar a taxa de juros pela primeira vez em quase seis anos, com um aumento de 0,75 ponto percentual, acima do esperado.

O café robusta para maio recuou 26 dólares, ou 1,8%, para 1.386 dólares a tonelada.

Os cafeicultores do Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, têm segurado vendas devido aos preços pouco atraentes, enquanto os prêmios na Indonésia também diminuíram, segundo traders.

Operadores observaram ainda que, pressionando a cotação do robusta, o desconto do contrato maio sobre o vencimento julho está aumentando, enquanto um volume maior de robusta está prestes a ser classificado para entrega ante os contratos negociados na ICE.

Açúcar

O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,1 centavo de dólar, ou 0,6%, a 15,89 centavos de dólar por libra-peso.

Operadores disseram que é possível que o contrato maio teste as mínimas recentes de 15,85 centavos, já que falhou quatro vezes em romper o patamar superior do intervalo de negociação.

Eles acrescentaram, porém, que um colapso dos preços no atacado parece improvável. Uma forte queda nos preços do petróleo também afetou o açúcar e outras commodities.

A China, uma das maiores compradoras de açúcar do mundo, importou 430 mil toneladas do adoçante em fevereiro, alta de 90% em comparação anual, mostraram dados.

O açúcar branco para maio recuou 2,50 dólares, ou 0,5%, para 456,00 dólares a tonelada.

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