Opinião

Caio Mesquita: Apoiamos a reforma da Previdência

23 fev 2019, 19:37 - atualizado em 23 fev 2019, 19:37
“Somos um ponto fora da curva, literalmente. É inacreditável a nossa irresponsabilidade perante as futuras gerações”

Por Caio Mesquita, Presidente da Acta Holding

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Esta semana tivemos a oportunidade de conhecer a proposta de reforma da Previdência elaborada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro.

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Apesar de ninguém poder alegar total surpresa sobre os termos apresentados (devidamente vazados e adiantados), a impressão geral foi positiva. O projeto foi bem explicado e contou com a participação direta de um presidente eleito com a força de quase 58 milhões de votos.

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No final, estamos diante de uma proposta que promete economizar 1,1 trilhão de reais em gastos públicos nos próximos dez anos.

Não há a menor dúvida de que Paulo Guedes e equipe já colocaram gordura no texto da reforma, antecipando-se à esperada desidratação.

Mesmo mais enxuto, estamos falando de um pacote que deve trazer, em média, uma economia anual de mais de 1 por cento do PIB na próxima década, percentual que vai gradualmente subindo depois disso.

Ainda do ponto vista da gestão fiscal, uma reforma robusta da Previdência Social doma a trajetória da relação dívida/PIB, que assumiu uma taxa de crescimento ascendente desde a implantação da abominável Nova Matriz Econômica dos governos do PT.

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Dada a importância do tema, o site O Antagonista e a Crusoé organizaram uma live da qual participei nesta semana. No evento, o presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, apresentou o recente levantamento feito na Câmara dos Deputados sobre o apoio à reforma.

Resumidamente, os deputados apoiam a ideia, mas divergem em detalhes importantes como idade mínima, tratamento diferenciado por gênero, valor de contribuição para trabalhadores rurais e por aí vai.

live também contou com a participação do Fabio Giambiagi, um dos maiores especialistas do tema Previdência no país. O gráfico abaixo resume o seu diagnóstico sobre a gravíssima distorção em que nos encontramos: temos gastos previdenciários equivalentes aos de países com população idosa muito maior que a nossa.

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Somos um ponto fora da curva, literalmente. É inacreditável a nossa irresponsabilidade perante as futuras gerações.

Tenha certeza de que nos próximos meses seremos inundados por pressupostos falaciosos tentando colar uma narrativa de que a reforma é um golpe contra os trabalhadores e um plano das classes dominantes para explorar ainda mais os desfavorecidos.

Na reportagem de capa da Crusoé desta semana, o jornalista Gustavo Alves detalha a gravidade da situação do sistema atual e explicita, com a ajuda de especialistas como Giambiagi, as falhas nas argumentações dos que se opõe à reforma.

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Felizmente, o debate parece ter amadurecido desde que o governo Temer apresentou sua proposta, ferida de morte em maio de 2017 pelo infame Joesley Day.

Aos poucos, tem se consolidado um consenso de que a questão tem que ser tratada com urgência. Ademais, fica cada vez mais evidente a injustiça do sistema atual, propagador de arbitrariedades e distorções.

A Acta e suas empresas apoiam a reforma da Previdência, pois ela está alinhada com o que acreditamos ser o correto para a condução da economia do Brasil.

Como já fizemos no passado, quando da aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos, usaremos nosso poder de comunicação e nossa interação com nossos mais de 500 mil assinantes pagantes e milhões de leitores para demonstrar à sociedade a necessidade de endereçar esse gigantesco problema nacional.

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Adianto que não será um embate trivial, pois nada que realmente importa é conquistado facilmente, mas prevaleceremos no final.

Deixo você agora com os destaques da semana.

Um abraço e boa leitura!

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