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Caio Mesquita: Nunca antes na história deste país

27 jul 2019, 18:35 - atualizado em 27 jul 2019, 18:35
Colunista aborda sobre a nova realidade em que os investidores brasileiros estão entrando

Excepcionalmente na semana passada, faltei com meu compromisso semanal com você.

Não consegui escrever a newsletter enquanto visitava Orlando e seus parques de diversão.

A tradição de visitas anuais começou logo após o nascimento da Isabella, minha filha mais velha.

A vinda de Valentina e David formou uma maioria em que os pais são sempre voto vencido. Então, lá fomos nós novamente para o meão da Flórida.

O aniversário de 9 anos da Bella também deu sentido à viagem. É um programa desafiador, especialmente quando já atravessamos a marca de meio século de primaveras.

Encontrei o que já esperava: muito calor, muita fila e, claro, muitos brasileiros, aparentemente em maior número que em anos anteriores.

Dólar a 4 reais (é isso que pagamos no câmbio turismo mais IOF) não parece deter a nossa paixão pela Disney e similares.

A exaustão dos passeios não permitia que me dedicasse, ao fim das maratonas diárias, à redação da 24/7 e, por isso, pedi uma folga à Bia Nantes, publisher da Empiricus.

No fim de semana, voltamos de carro a Miami, cujo clima nos pareceu relativamente ameno. Lá encontramos alguns amigos e conhecidos.

E foi lá também que a Isabella me propôs a sua primeira operação de câmbio e já debutou no mercado futuro. Ela tem a receber 8 dólares provenientes da venda de uma slime (quem é pai de menina sabe do que estou falando) para a filha de um casal de amigos e pediu que o equivalente em reais lhe fosse entregue na volta a São Paulo. “Assim eu melhoro minha mesada com esses 32 reais, papai.”

Isabella já tem noção de taxas de conversão e usa os 4 reais arredondados que informei para fazer suas contas. Percebeu também que muitas coisas estão mais baratas no Brasil, por conta justamente dessa taxa de câmbio depreciada.

Para a tristeza daqueles que, como eu, viajaram para o exterior nessas férias, há pouca esperança de termos um dólar mais barato no vencimento das faturas de cartão de crédito.

Graças à iminente aprovação da Nova Previdência e das perspectivas de continuidade nas reformas promovidas pela equipe do ministro Paulo Guedes, o Brasil começa a embarcar na tendência mundial de juros mais baixos.

Nesta semana, um grande banco internacional cravou uma Selic abaixo de 5 por cento ainda neste ano.

Antes disso, o Felipe já vinha tratando do tema em suas publicações, inclusive com cartas abertas ao presidente do Banco Central, carinhosamente chamado de Beto.

Com esses juros inéditos, diminui a barbada do “carry trade”, que era a arbitragem entre o diferencial das taxas de juros internacionais versus as daqui. Isso gerava um fluxo comprador constante, que forçava a apreciação do real.

Se, por um lado, perdemos poder de compra lá fora com um dólar apreciado, por outro se apresentam oportunidades excepcionais em ativos de risco, especialmente em Bolsa.

Juros mais baixos significam taxas de desconto menores, que, por sua vez, resultam na valorização dos ativos por meio da expansão dos múltiplos.

Se isso não bastasse, as carteiras dos investidores institucionais brasileiros estão subalocadas em ações quando comparadas a níveis históricos. O reequilíbrio das posições, o que forçosamente ocorrerá diante da nova realidade da renda fixa, trará fluxo comprador que levará o preço das ações brasileiras a novos patamares.

Estamos entrando numa nova realidade para os investidores brasileiros. Movimente-se já e prepare-se para o que está por vir.

Deixo você agora com os destaques da semana.

Um abraço e boa leitura.
Caio

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