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Caixa Econômica Federal pode fazer IPO de cartões antes que o de seguros

21 maio 2020, 12:23 - atualizado em 21 maio 2020, 12:23
Caixa Economica Federal
A Caixa Seguridade pretendia concluir no mês passado sua estreia na bolsa de valores, com uma oferta de ações estimada em cerca de R$ 15 bilhões (Imagem: Agência Brasil/ Marcelo Camago)

A Caixa Econômica Federal avalia fazer a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de cartões antes da abertura de capital de sua unidade de seguros, invertendo o planejamento inicial, devido aos desdobramentos da crise do Covid-19, disse nesta quinta-feira o presidente do banco, Pedro Guimarães.

“Se não conseguirmos fazer o IPO da Seguridade até setembro, poderemos deixar a operação para 2021”, disse Guimarães a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.

Segundo o executivo, a possível inversão nos planos pode ajudar investidores a terem uma visibilidade melhor dos negócios de seguros do banco, concentrados na Caixa Seguridade, já que acordos importantes da unidade terminam no começo de 2021.

A Caixa Seguridade pretendia concluir no mês passado sua estreia na bolsa de valores, com uma oferta de ações estimada em cerca de 15 bilhões de reais.

No entanto, com a crise econômica deflagrada pela pandemia do coronavírus, o IPO da companhia e de cerca de 30 outras empresas do país que pretendiam fazer o mesmo foram suspensos ou cancelados.

Nos meses e semanas antes de oficializar os planos de IPO, a Caixa Seguridade anunciou parcerias com outras seguradoras para diferentes áreas de negócios, para valerem a partir do começo do próximo ano, após o fim do acordo vigente com a CNP Assurances.

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães
“Se não conseguirmos fazer o IPO da Seguridade até setembro, poderemos deixar a operação para 2021”, revela o presidente da Caixa (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

De acordo com Guimarães, ao menos outras duas joint ventures da Caixa Seguridade serão anunciadas nas próximas semanas e, para os investidores, ficará mais fácil entender o impacto dessas parcerias nos resultados futuros da empresa quando elas já tiverem entrado em vigor.

“Não estamos com pressa e não vamos vender as ações da Caixa Seguridade a qualquer preço”, acrescentou Guimarães.