Caixa Seguridade (CXSE3): JP Morgan rebaixa recomendação e aponta outra preferência no setor

O JP Morgan rebaixou a classificação para Caixa Seguridade (CXSE3) de compra para neutra, após as ações avançarem quase 20% em 2025. Agora, a equipe de analistas liderada por Yuri Fernandes vê um potencial de alta limitado a 6%.
Ainda assim, o preço-alvo foi mantido em R$ 18,00.
Mesmo que os analistas vejam a seguradora como um modelo de negócios premium, alguns fatores reduziram o otimismo do banco.
O primeiro deles é a suavização do ambiente de taxas de juros, com o pico da Selic agora precificado em torno 14,75%, ante 17% em dezembro de 2024. Os analistas pontuam que as seguradoras tendem a se beneficiar menos dessa inflexão.
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Somado a isso, a originação de empréstimos consignados tem sido muito fraca no acumulado do ano, o que pode ser um obstáculo para as vendas de seguros de vida prestamista (também chamado seguro dívida, um tipo de proteção para o cliente de um empréstimo ou financiamento em caso de imprevistos), avalia o JP Morgan.
Ainda, o mercado começou a incorporar ganhos relacionados à combinação de seguros no produto de folha de pagamento privada, o que os analistas acreditam não ser relevante.
Por fim, ainda não seja uma notícia nova, o banco permanece preocupado com as perdas generalizadas de participação de mercado da Caixa Seguridade nos últimos cinco anos.
A Caixa Seguridade oferece aos investidores seguros e produtos de acumulação com alto retorno sobre o patrimônio (ROE) no Brasil, como crédito imobiliário, residencial, vida, previdência e consórcio, avalia o banco.
“O acesso a uma extensa rede de distribuição da Caixa Econômica Federal (banco controlador) deve permitir que a Caixa Seguridade capitalize essa oportunidade de crescimento”, avaliam os analistas.
No setor de seguros, o JP Morgan aponta preferência pela Porto Seguro (PSSA3).