Caixa Seguridade (CXSE3): Vendas à CNP engordarão dividendos, mas BofA não recomenda compra; entenda

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O desinvestimento em subsidiárias realizado pela Caixa Seguridade (CXSE3) pode aumentar os dividendos da companhia em R$ 230 milhões em 2023, avalia o Bank of America.

Segundo os analistas Mario Pierry e Antonio Ruette, isso deve acontecer, pois não é esperada nenhuma exigência adicional de capital.

Se totalmente distribuído aos acionistas, o valor implicaria um rendimento (dividend yield) de 10,7% para a seguradora — acima da atual estimativa de 9,8% do banco americano.

Apesar do potencial aumento nos proventos, o BofA mantém recomendação neutra para CXSE3, devido ao potencial de valorização limitado, de aproximadamente 6%, considerando preço-alvo de R$ 9,50 para as ações.

Os analistas esperam que a distribuição de dividendos aconteça no início do próximo ano, após as aprovações do Banco Central, da agência reguladora de seguros (Susep) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Simplificação da estrutura

A assinatura do contrato entre Caixa Seguridade e CNP Assurances para venda das participações em Previsul, CNP Cap, CNP Consórcios, CNP Seguros Participações em Saúde e Odonto Empresas foi divulgada na noite de terça-feira (13).

Na análise do Bank of America, o negócio simplifica a participação da empresa de seguros, agora composta por:

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• Caixa Corretora;
• As novas parcerias com CNP, Tokio, Icatu e Tempo;
• A liquidação das operações de seguros;
• Participação de 49% na Too Seguros e Pan Corretora; e
• Participação de 48,25% na holding CNP Seguros, detentora de 25% da Wiz (WIZS3).

Os analistas destacam que os dois últimos representam ativos não essenciais, que permanecem no pipeline de desinvestimento, conforme relatado pela empresa.

Pierry e Ruette, do BofA estimam que a Caixa Seguridade poderia levantar mais R$ 155 milhões com o desinvestimento da Wiz, enquanto o valor na Too Seguros e Pan Corretora deve eventualmente ser acordado com um comprador estratégico.

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