Economia

Calote russo beneficia o Brasil; entenda

28 jun 2022, 14:23 - atualizado em 28 jun 2022, 14:23
Rússia Ucrânia
(Imagem: falco)

Na segunda-feira, 27, a Casa Branca disse que a Rússia deu um calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez desde 1918. As sanções impostas ao país, devido à guerra com a Ucrânia, excluíram a economia do sistema financeiro global.

E isso pode ser positivo para o Brasil. A Rússia sempre foi um país emergente de peso, com acordos comerciais com a Europa e Ásia. Mas, desde o começo do conflito no leste europeu, o Brasil é visto como uma opção segura, entre os países emergentes, para alocação de recursos.

“O Brasil já veio com esse direcionamento de recursos, ainda mais puxado também pelas altas das commodities, que deixou o país bem atrativo para o investidor que procura um pouco mais de risco no mercado”, afirma Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.

Matheus Spiess, analista de investimentos da Empiricus, também destaca que o perfil do Brasil ajuda, mesmo com os países emergentes tentando sobreviver à crise global. “A gente tem um país, ainda que com todos os seus problemas, que é alinhado socioculturalmente com as economias ocidentais.”

Outros países, como China e Índia, não trazem tanta tranquilidade para os investidores. A China ainda tenta se equilibrar com a flexibilização dos lockdowns e tem um histórico de interferências do governo. Já a Índia está cara para investir. Além disso, ambos mantiveram as negociações com a Rússia, o que não agrada os Estados Unidos.

No entanto, Spiess lembra que o Brasil também faz parte da lista dos poucos países economicamente grandes que não rompeu definitivamente com a Rússia, mesmo porque os dois fazem parte do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Logo, acaba sofrendo em alguns pontos.

“Parte dos fertilizantes brasileiros são importados justamente da Rússia e Ucrânia. Então, em termos de produção agrícola, que é um pilar importante da nossa economia, a gente sente uma restrição maior”, diz.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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