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Câmbio e China derrubam Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) na B3; Minerva (BEEF3) ganha com boi mais barato

19 maio 2022, 17:14 - atualizado em 19 maio 2022, 18:17
Carnes
Apesar da força chinesa em bovinos não estar arranhada, o curto prazo está incerto (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O relatório setorial do Bank of America (BofA) desta quinta (19) destacou a posição privilegiada dos três maiores frigoríficos em relação ao apetite chinês no médio e longo prazos, mas recomendou neutralidade para Minerva Foods (BEEF3) e Marfrig (MRFG3), enquanto manteve em alta JBS (JBSS3) por possuir uma plataforma global mais musculosa.

Sem levar em conta o curto prazo, que mexeu com as ações das três companhias, tanto pelo flanco exportador, como pelo interno, ao passo que o Ibovespa subiu 0,78%, fechando em 107 mil pontos.

O câmbio desfavorável, com o dólar caindo mais 1,24% (R$ 4,91), está no radar do mercado, tanto quanto os dados de embarques menores para a China neste mês sobre abril, com possibilidade de seguir ainda em junho, diante das restrições impostas pelo lockdwon, já com números menores da atividade varejista e industrial do país no mês passado.

Mas o frigorífico Minerva tem encontrado maior apoio hoje na B3 (B3SA3) diante das quedas acentuadas do boi no mercado interno. Embora grande exportador – e maior da América do Sul considerando as unidades da Athena Foods – a empresa tem maior dependência do mercado interno.

E a originação mais barata é vista como compensadora.

A BEEF3 fechou acima de 2,35%, a R$ 12,48.

Marfrig e JBS sentiram mais o peso do câmbio X exportação, a paralisação temporária de algumas plantas pelos chineses, e alguns sinais de reflexos do mercado financeiro dos Estados Unidos. As filiais locais dos dois players foram responsáveis por vários trimestres positivos nos balanços, como no 1T22, mas o peso de um quadro econômico desfavorável por lá está influindo em todos os ativos nos últimos dias.

A primeira fechou em baixa de 1,72%, a R$ 14,86, ao passo que o papel da JBS recuou para R$ 34,61, perdendo 1,37%.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.