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Camil (CAML3) X M. Dias Branco (MDIA3) não altera competição por trigo ou por preço, num primeiro round

25 ago 2022, 11:37 - atualizado em 25 ago 2022, 11:50
M. Dias Branco
Concorrência da Camil com M. Dias Branco já tem consumo de trigo estabelecido (Imagem: YouTube/M. Dias Branco)

A entrada da Camil (CAML3) nos farináceos de trigo, levando para seu portfólio de arroz e feijão os biscoitos da Mabel, não deve alterar o quadro de preços da matéria-prima ou dos produtos finais pela concorrência com a M. Dias Branco (MDIA3), em um primeiro momento.

Tanto pelo tempo de integração da compra, por R$ 152,8 milhões, quanto pela participação desse mix nas destinações das atividades-fins do cereal.

Até que a companhia mostre com que vigor vai disputar esse mercado, ou seja, desde investimentos em lançamentos – que possam gerar mais aquisições do insumo principal -, ou agressividade nos preços de venda (para cima ou para baixo), levará certo tempo.

Dito isto, o consumo de trigo da Mabel, com suas marcas e de outras que a empresa mantinha, após aquisições no passado, já está dimensionado no mercado.

Ou seja, o competidor da M. Dias Branco já está operando.

Em relação ao rateio do trigo produzido e importado, cujo volume para preencher as necessidades dos setores industriais gira entre 12 e 13 milhões de toneladas, o setor de biscoitos é o que tem menor share.

De acordo com o trader e analista de trigo, Marcelo de Baco, da De Baco Corretora, biscoitos secos e recheados detêm 15% do total.

Panificação lidera com 51% e massas frescas com 20%. Há um restinho para usos diversos.

Mesmo que a mudança de donos da Mabel – ainda sujeita à avaliação do Cade – possa gerar alguma expectativa dos agentes anteriores da cadeia, ou levar a Dias Branco a ser mais agressiva na sua política de preços para se antecipar a qualquer mudança de rumos da Mabel/Camil, com o tempo o “mercado se equilibra naturalmente”, avalia De Baco.

O tempo vai dizer como será o comportamento, provavelmente só para 2023, após uma safra boa brasileira recém-iniciada calculada entre 9 e 9,5 milhões de toneladas, 17% superior ao ciclo 21/22.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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