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Cândido Bracher assume presidência do Itaú Unibanco; Roberto Setubal vai para o Conselho

02 maio 2017, 19:07 - atualizado em 05 nov 2017, 14:04

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

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O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, está sob nova direção. Candido Bracher assume hoje a presidência executiva do banco, no lugar de Roberto Setubal, concluindo uma transição planejada e comunicada ao mercado há mais de dois anos. Seu grande desafio será manter a rentabilidade da instituição, uma das maiores do mercado, na faixa de 20% sobre o patrimônio líquido por ano.

Setubal irá para a presidência do Conselho do banco, criado há 93 anos pela família Villela e que teve sua liderança no mercado brasileiro consolidada por seu pai, Olavo Setubal, nos anos 1960, 1970 e 1980.

Bracher também vem de uma família de banqueiros. Seu pai, Fernão Bracher, foi executivo do Banco da Bahia, do Bradesco, presidente do Banco Central e depois fundou o BBA Creditanstalt. Cândido Bracher chegou a ser cotado para a diretoria do BC logo após o Plano Real, mas acabou fazendo carreira no setor privado, no segmento de bancos de atacado. O executivo tem mais de 36 anos de experiência no mercado financeiro, dos quais 28 anos no BBA Creditanstalt, Itaú BBA e Itaú Unibanco. Desde fevereiro de 2015 ele era o diretor geral de Atacado do Itaú Unibanco.

Bracher assume o Itaú Unibanco na condição de maior banco privado do Brasil e maior valor de mercado entre as instituições financeiras da América Latina, tendo alcançado histórico de rentabilidade média acima de 20% nos últimos anos, segundo destaca comunicado enviado pelo banco.

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Em carta enviada hoje aos mais de 90 mil funcionários, Bracher “reforça seu grande sentimento de realização e também de responsabilidade”. “Reafirma seu compromisso com os valores e com a atitude de busca contínua pelo aprimoramento que trouxe o Itaú Unibanco até aqui”, diz a nota do banco.

Seis compromissos

Bracher assumiu seis compromissos ao assumir a função: acentuar ainda mais o foco no cliente, acelerar o processo de transformação digital, manter a elevada rentabilidade, fortalecer ainda mais a gestão de pessoas e de riscos, bem como, avançar no processo de internacionalização.

“Recebo o belo desafio de liderar um dos maiores e melhores bancos do mundo e dar continuidade a este percurso admirável, sempre pautado pela valorização das nossas pessoas e sua diversidade, da prática da meritocracia e do compromisso inviolável com a ética em todos os aspectos da nossa atividade”, ressalta Bracher.

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“Acredito fortemente que nosso êxito nesta jornada não terá seus efeitos limitados à minha gestão, mas deverá contribuir decisivamente para preparar o Itaú Unibanco para as próximas décadas”, complementa o executivo.

Preparado para ser banqueiro

Preparado pelo pai para assumir o banco, inclusive com um período de experiência no Citibank, nos Estados Unidos, com o banqueiro John Reed, Roberto Setubal foi presidente da instituição por 23 anos. Nesse período, tornou o Itaú o maior banco privado do país ao uni-lo ao Unibanco, ultrapassando com isso seu eterno concorrente, o Bradesco.

Setubal atingiu a idade limite estabelecida para a presidência da Itaú Unibanco Holding  e será agora, em conjunto com Pedro Moreira Salles, ex-presidente do Unibanco, co-presidente do Conselho de Administração da Companhia.

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A expectativa é de que Setubal continue, porém, acompanhando as atividades da diretoria do banco no Conselho, que assumiu algumas funções da diretoria executiva nos últimos anos, já preparando a transição.

“Assumo novas funções no Conselho de Administração com muita tranquilidade e confiança de que o Candido vai elevar ainda mais os patamares do Itaú Unibanco nos próximos anos”, diz o executivo. “Além de um ser humano diferenciado, Candido é um profissional extremamente competente, com ampla experiência no setor financeiro”, destaca Setubal.

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pavini@moneytimes.com.br