Caos do Banco Master abre espaço para golpes: confira orientações do FGC e como proteger o seu bolso

(Imagem: Reuters)

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Já imaginou receber uma mensagem no WhatsApp informando que, com a liquidação do Banco Master, o valor que você tem aplicado no seu CDB pode ficar “preso por meses” no Fundo Garantidor de Crédito (FGC)?

Esse é justamente o tipo de abordagem que muitas pessoas têm recebido nos últimos dias. 

Os golpistas não perderam tempo e passaram a explorar o clima de insegurança para enviar mensagens com promessas falsas e propostas que não existem.

E para que nossos leitores não fiquem vulneráveis a esse tipo de abordagem, preparamos um passo a passo para ajudar a identificar e evitar esses golpes.

Mas, antes de chegar ao passo a passo “antigolpe”, vale relembrar o que aconteceu com o Banco Master nos últimos dias…

• LEIA TAMBÉM: Liquidação do Banco Master marca 41ª intervenção do FGC em 30 anos

O que aconteceu com o Banco Master?

Na terça-feira (18), o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, decisão que interrompeu de forma imediata as operações da instituição e encerrou a possibilidade de ser vendida ao Grupo Fictor.

A medida é adotada quando há risco para clientes, para o sistema financeiro ou sinais de irregularidades graves.

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Com a liquidação, todos os investidores com produtos cobertos — como os CDBs — passam a ter direito ao pagamento da garantia do FGC, que cobre até R$ 250 mil por CPF por instituição, respeitando o teto de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

O FGC é uma instituição privada e sem fins lucrativos que integra o Sistema Financeiro Nacional. Ele existe para proteger quem investe ou deposita dinheiro nos bancos e para reforçar a segurança do próprio sistema financeiro.

Os pagamentos serão feitos de acordo com o regulamento do FGC e com base nas informações — como nomes, valores e dados dos investidores — enviadas pelo liquidante. 

Assim que esse levantamento for concluído e repassado ao FGC, o processo de pagamento começa para todos que têm direito à garantia.

Além disso, no FGC, o pagamento não ocorre imediatamente. O processo pode levar, em média, 30 dias úteis.

Ou seja: nada de desespero. A primeira orientação é manter a calma e acompanhar apenas as informações divulgadas pelos canais oficiais.

Agora, vamos ao que interessa para proteger o seu bolso dos golpistas…

Guia Antigolpe para se proteger do caos ‘Master’

1. Solicite garantia apenas pelo app oficial do FGC

• Baixe o app do FGC na loja oficial do seu celular (iOS ou Android). 
• Não confie em links recebidos por WhatsApp, SMS ou e-mail que dizem “ajudar no pagamento”, o FGC não entra em contato através desses canais.

2. Realize seu cadastro no app

• Informe seus dados (nome, CPF, e-mail, telefone) dentro do app. 
• Faça a identificação biométrica como indicado pelo FGC, não se preocupe, é para a sua própria segurança.

3. Cadastre sua conta bancária

• Use uma conta sua, de sua titularidade, para receber os valores do FGC. 
• Desconfie se alguém pedir para você cadastrar uma conta de terceiro.

4. Assine o termo digital no app

• Quando o FGC liberar, assine eletronicamente o termo de sub-rogação dentro do app. 
• Esse documento é necessário para que o pagamento seja realizado.

5. Aguarde o pagamento seguro

• Segundo o FGC, após a assinatura, o valor é enviado para a conta cadastrada. 
• Esse processo segue as regras regulares de pagamento do FGC, sem intermediários.
• No app do FGC é possível acompanhar todo o processo do pedido de garantia.

6. Não pague intermediários

• O FGC não autoriza ou credencia nenhum tipo de instituição ou empresa com o objetivo de intermediar qualquer tipo de negociação para recebimento do valor garantido pelo FGC. 
• O FGC também não solicita o pagamento de qualquer taxa ou o depósito prévio de valores.
• Se alguém pedir dinheiro para “liberar seu resgate”, corre que é golpe!

7. Use apenas canais oficiais para tirar dúvidas

• Qualquer dúvida ou suspeita, entre em contato pelo e-mail credores do FGC: atendimento.credores@fgc.org.br
• Evite responder mensagens de números desconhecidos ou de pessoas que se intitulam “intermediários”, “assessores” ou “consultores”.