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Captação de startups brasileiras despencaram 65% no 2º semestre de 2022

18 jan 2023, 11:06 - atualizado em 18 jan 2023, 11:06
Startups
O desempenho das startups é motivado pela alta global dos juros (Imagem: Unsplash/Mario Gogh)

As captações das startups brasileiras despencaram no segundo semestre de 2022, mostrando uma queda de 65% em relação ao mesmo período de 2021, mostrou levantamento do Distrito Fintech.

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No período, as startups captaram US$ 1,54 bilhão em recursos, o que comparado ao primeiro semestre do ano passado, representa uma queda de 47%. Segundo a plataforma de inovação, foi o segundo semestre menos movimentado desde 2019.

O que justifica o desempenho é a alta global dos juros, que, na avaliação do Distrito, pesou sobre o apetite do capital de risco.

Em 2022, as startups acumularam US$ 4,46 bilhões, segundo a fintech, motivado pelo bom desempenho na primeira metade do ano. Contudo, a marca foi maior em 2021, quando atingiram US$ 9,8 bilhões.

Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito, diz que é inegável que houve uma piora de cenário ao longo do ano, levando o capital de risco a ser mais seletivo. Contudo, Gierun explica que a desaceleração mais forte no segundo semestre é a consolidação de um cenário que começou a se desenhar ao final de 2021.

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“Apesar do ambiente macroeconômico desafiador, os VCs captaram e ainda possuem níveis recordes de capital. Só nos Estados Unidos, são US$ 290 bilhões disponíveis para serem investidos em empresas de tecnologia”.

Startups com cheques elevados

Na outra ponta, apesar da desaceleração, alguns setores mostraram resiliência e receberam cheques elevados. É o caso de startups voltadas para o setor de energia (energytech).

Segundo a apuração, o segmento captou US$ 174 milhões no segundo semestre de 2022, representando uma alta de 41,8% sobre o ano de 2021, quando o volume ficou em US$ 123 milhões.

Os problemas climáticos, a volatilidade dos preços da energia e a evolução regulatória impulsionaram o setor, na avaliação do Distrito.

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O grande destaque do setor ficou por conta da Órigo, startup que atua em geração distribuída de energia solar e que recebeu US$ 135 milhões em julho de 2022.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.