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Caramuru quer o girassol sendo o ‘BBB’ do Centro-Oeste em concorrência com o milho

05 fev 2023, 9:27 - atualizado em 05 fev 2023, 12:40
Lavouras de girassol são incentivadas pela Caramuru a concorrer com o milho (Imagem: REUTERS/Ilya Naymushin)

O girassol pode não ter a liquidez comercial que tem o milho para qualquer direção que se olhe na demanda interna e externa, mas pode ser o ‘BBB’ do Centro-Oeste. Além de bonito, é considerado bom e barato, pelos resultados comerciais valorizados que entrega, possuir um baixo custo de produção e demandar menos água.

A Caramuru Alimentos que processar mais a planta, que representa apenas 2% de seu faturamento de cerca de R$ 8 bilhões. Os volumes não são divulgados.

O óleo de cozinha, dos mais caros das gôndolas – como o de canola, também produzido pelo grupo -, é o principal negócio de todo o mix extraído da planta.

No Centro-Oeste, base da empresa, o incentivo aos fornecedores é o custo de produção, vis-à-vis o milho, seu principal concorrente no período de inverno: o hectare sai a R$ 2,3 mil.

Em lavoura de alta tecnologia, anuncia Túlio Ribeiro, coordenador de Negócios de Girassol do grupo Caramuru.

O milho vale R$ 3,2 mil em despesas para o produtor – e campos de média/baixa tecnologia.

Com menor demanda hídrica, em torno de 250 mm de água, o girassol aguenta mais severidade de climas ruins que o milho.

Óleo de Girassol
Óleo de cozinha de valor agregado é o principal derivado do girassol (Imagem: Pixabay)

O agrônomo explica ainda que a oferta de girassol é muita acanhada para suprir a necessidade comercial – de onde vem boa parte da Argentina para atender todo o mercado -, mesmo com grau de limitação do consumo de óleos às camadas mais altas da população.

Projeções da Conab para 22/23 é de alta na área plantada, para quase 60  mil hectares em produção, apenas 2,5% acima, enquanto os argentinos costumam produzir em mais de 1,5 milhão/ha.

A Caramuru está entre as 100 maiores companhias do agronegócio e é líder no processamento de soja, milho, girassol e canola, além de atuar em logística hidroviária.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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