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Carga de energia do Brasil recua 3,4% em junho, mas dá sinais de recuperação, diz ONS

20 jul 2020, 15:42 - atualizado em 20 jul 2020, 15:42
Energia Elétrica
A carga de energia representa o consumo com as perdas na rede (Imagem: Pixabay)

A carga de energia elétrica do Brasil registrou em junho uma queda de mais de 3% ante igual período do ano passado, mas deu sinais de recuperação em relação a maio, conforme medidas de isolamento social são flexibilizadas no país, disse nesta segunda-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo boletim mensal do ONS, a carga de 61.602 megawatts médios registrada pela Sistema Interligado Nacional em junho representa uma queda de 3,4% na comparação anual, mas elevação de 2,5% ante o mês imediatamente anterior.

Se excluídos efeitos de fatores fortuitos –como temperatura e calendário– e não econômicos sobre a carga, a queda no ano a ano seria de 4,4%, acrescentou o ONS.

“Durante o mês de junho a carga apresentou sinais de suave elevação. Esse comportamento foi sustentado principalmente pela flexibilização das medidas de isolamento social, que ocasionou um aumento mais amplo nas atividades econômica”, disse o operador.

A carga de energia representa o consumo com as perdas na rede.

Apesar disso, o ONS reconheceu que a recuperação ainda é muito modesta, uma vez que diversas empresas seguiram operando em níveis inferiores às suas capacidades.

Junho foi o terceiro mês consecutivo com quedas nas cargas de todos os subsistemas do país em relação aos mesmos períodos do ano anterior, embora apenas o Nordeste tenha apresentado um recuo (de 0,9%) na comparação com maio.

Principal subsistema do país, o Sudeste/Centro-Oeste teve queda de 3,9% ano a ano, mas alta de 3,1% versus maio. A menor redução ante junho de 2019, de 0,7%, foi verificada no Sul; a maior, justamente no Nordeste (-5,1%).

Equatorial Energia
A ONS reconheceu que a recuperação ainda é muito modesta, uma vez que diversas empresas seguiram operando em níveis inferiores às suas capacidades (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

“De uma maneira geral, os resultados dos indicadores utilizados no processo de análise do comportamento da carga sugerem, apesar de ainda muito distantes dos níveis anteriores ao início da pandemia, que o pior momento tenha passado”, afirmou o ONS.

Na semana passada, ao divulgar previsões para julho, o ONS estimou uma alta de 0,5% na carga de energia do país neste mês em comparação anual, impulsionada pelo relaxamento das medidas restritivas no Brasil.