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Preço da carne bovina exportada despenca mais de 1/4 em um ano; qual o frigorífico mais impactado?

04 set 2023, 14:44 - atualizado em 04 set 2023, 14:44
carne bovina Frigorifico, Argentina
Apesar de a queda ser negativa, recuo nos preços do arroba do boi gordo e aquisição de plantas compensa pior cenário para frigorífico; entenda (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

O preço da carne bovina exportada pelo Brasil em agosto recuou 5% na comparação com julho, em R$ 4.511/tonelada, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex).

Apesar da queda nos valores, o volume de carne exportada pelo Brasil cresceu 15% no período.

Por outro lado, em um ano, os preços da proteína recuaram expressivos 26% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma queda de 5% mês a mês.

Em termos de volume, as exportações caíram 9% em um ano.

O que explica a queda e qual o frigorífico mais impactado?

Segundo a Ágora Investimentos, a recuperação nos preços da carne bovina tem decepcionado as expectativas do mercado, muito em função da recente desvalorização do yuan na China frente ao dólar.

Dessa forma, essa queda tem encarecido as importações da China, assim como elevado a produção doméstica de carne bovina no país.

O analista da Terra Investimentos, Luis Novaes, explica que a queda nos preços de exportações é mais sensível à Minerva (BEEF3) do que para os outros frigoríficos listados na bolsa. Isso porque a empresa tem a maior parte do seu faturamento vinda do abate local e das exportações.

“Apesar de a Minerva ser o frigorífico mais impactado, essa queda acaba sendo ofuscada e não impacta o ativo neste momento em decorrência da queda no preço do boi gordo e o negócio firmado com a Marfrig (MRFG3)”, explica.



Na semana passada, a Marfrig acertou um contrato de venda com a Minerva de R$ 7,5 bilhões envolvendo a alienação de 16 plantas e um centro de distribuição.

Por fim, as ações da Minerva avançavam 4,21%, aos R$ 8,92, por volta de 14h22, liderando as altas na Bolsa de Valores do Brasil no horário.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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