BusinessTimes

Carros voadores: Veja como está a corrida da Embraer, Boeing e Airbus, e conheça os carros do futuro

28 dez 2021, 8:00 - atualizado em 03 jan 2022, 9:34
Os veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, ou eVTOLs, marcam o futuro da mobilidade urbana (Imagem: Merydolla/ Getty Images)

O futuro já bate à porta e pede para entrar. Por mais utópico que pareça, os carros voadores já são realidade. Marcando o futuro da mobilidade urbana, os veículos elétricos de pouso e decolagem vertical (eVTOLs) surgem da necessidade de reduzir a emissão de carbono e descongestionar estradas em grandes cidades.

Esta tecnologia futurista promete veículos com mais autonomia, mais conectados e movidos a energia limpa. No Brasil, a primeira rota área urbana fica no Rio de Janeiro e já está em fase de testes. Os carros voadores dividirão espaço com os helicópteros e drones, voando entre o topo de edifícios e o controle de tráfego aéreo.

Diferentes empresas de mobilidade e do setor aéreo de diversos países — como Embraer (EMBR3),  Boeing (BOEI34) e Airbus — já estão com a mão na massa e vêm desenvolvendo os primeiros carros voadores do mercado. Outras companhias — como Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e Bristow — apostam nesta inovação e já garantiram suas encomendas dos eVTOLs das fabricantes.

Com tanta inovação, a pergunta que fica é: quanto falta para, enfim, darmos uma volta em um carro voador? Ou até mesmo comprar um deles? O Money Times compilou as informações sobre os eVTOLs das principais empresas do mercado. Confira quanto falta para que os carros aéreos, finalmente, ganhem os céus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embraer

O carro voador da Embraer é o mais avançado no mercado brasileiro (Imagem: Reprodução/Embraer)

Atualmente, o carro voador da Eve, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer, é o mais avançado no mercado brasileiro. O eVTOL da companhia já realizou seu primeiro voo simulado e conta com encomendas de diversas empresas.

Em anúncio recente, a startup da Embraer divulgou que a entrega dos primeiros carros voadores da companhia está programada para 2026.

Até dezembro de 2021, a Eve obteve pedidos de 17 clientes, resultando em um pipeline de 1.735 carros voadores ou cerca de US$ 5 bilhões em vendas. Os principais compradores são operadoras de helicópteros, empresas de táxi aéreo e de compartilhamento de aeronaves.

Entre os clientes da Embraer, estão a Bristow, operadora americana de helicópteros, a Helipass, a Ascent, e a Blade. Já no mercado brasileiro, as compradoras são Avantto, Helisul e Flapper.

Além da fabricação do eVTOL, a Embraer e empresas parceiras também têm colocado esforços no desenvolvimento de um ecossistema para a mobilidade aérea urbana que possibilitará a comercialização dos carros voadores.

Conheça o modelo da Eve.

Airbus

Airbus lança uma nova versão do seu eVTOL (Imagem: Divulgação Airbus)

A Airbus Helicopters, fabricante de helicópteros da Airbus, iniciou, ainda em 2015, o plano de lançar seu carro voador, o CityAirbus. O projeto do primeiro eVTOL da companhia foi apresentado em março de 2019 e fez seu primeiro voo teste dois meses depois.

Desde a divugação, a Airbus lançou diferentes versões do veículo e já realizou mais de 200 testes. O carro da companhia, inclusive, já fez um voo totalmente automático.

A versão mais nova do eVTOL da Airbus, o CityAirbus NextGen, foi anunciada em outubro de 2021. Segundo a companhia, o objetivo é que o novo veículo percorra, em velocidade de cruzeiro de 120 km/h, uma distância 80 quilômetros com quatro passageiros.  Isso significa uma autonomia de 40 minutos de voo. A antiga versão do carro chegava na mesma velocidade, mas com até 15 minutos de autonomia.

A companhia anunciou que a previsão é que a versão recente do eVTOL da Airbus voe em 2023 e seja lançada, comercialmente, em 2025.

Veja o modelo da Airbus.

Boeing

Um protótipo do carro aéreo da Boeing realizou seu primeiro teste em 2019 (Imagem: Divulgação Boeing)

A Aurora Flight Sciences, subsidiária da Boeing que desenvolve aeronaves avançadas através de sistemas autônomos e versáteis, é a responsável pelo eVTOL da companhia.

Em 2019, um protótipo do carro aéreo da Boeing realizou seu primeiro teste, que incluiu a decolagem, o sobrevoo e o pouso sob controle manual e, atualmente, está passando por testes adicionais. Segundo a companhia, o veículo foi projetado para um voo totalmente autônomo e deve percorrer até 50 milhas (cerca de 80 quilômetros), movido por eletricidade.

“Estamos criando tecnologias de voo autônomo avançadas que mudarão o mundo”, disse Kia Zivari, líder do projeto do centro de teste e integração de autonomia da Aurora. Além do transporte de até dois passageiros, a aeronave deve ser capaz de planejar rotas e evitar obstáculos.

A companhia afirmou que o lançamento do eVTOL deve apresentar um design diferente.

Veja o modelo da Boeing.

Investimentos em carros voadores

Companhias de táxis aéreos, de compartilhamento de aeronaves e operadoras de helicópteros estão investindo no futuro da mobilidade urbana e já vêm garantindo suas partes na produção dessas e de outras fabricantes.

A Gol é uma das brasileiras que já está imersa nesta realidade. A empresa britânica Vertical Aerospace é a fornecedora escolhida pela companhia aérea em seu plano para operar eVTOLs.

Veja o modelo que a Gol encomendou da Vertical Aerospace.

A Gol anunciou, em setembro de 2021, que fechou acordo com a Vertical Aerospace para receber 250 exemplares do VA-X4, eVTOL fabricado pela empresa, que devem entrar em serviço a partir de 2025.

Além da Gol, a Azul também surpreendeu ao anunciar uma parceria com a Lilium. A companhia aérea brasileira fechou acordo para entrega de até 220 Lilium Jets, eVTOL da Lilium, projetado para transportar sete passageiros a 400 km/h. A perspectiva é que os veículos passem a operar também em 2025.

Veja o modelo que a Azul encomendou da Lilium.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.