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Casas Bahia (BHIA3) e as outras 9 ações que mais desabam em 2023; há opções saudáveis?

02 out 2023, 8:30 - atualizado em 02 out 2023, 8:55
Casas Bahia
Casas Bahia: especialistas avaliam o papel como uma ação de especulação (Imagem: Shutterstock/Montagem: Julia Shikota)

As ações da Casas Bahia (BHIA3), antiga Via Varejo (VIIA3), acumulam desvalorização de 73,75% na base anual e é lideram as maiores quedas de 2023 até agora.

Na última sessão, na última sexta-feira (29), o papel encerrou as negociações marcando avanço de 6,77%. Apesar disso, na variação semanal, o papel recuou 7,35%. Especialistas passaram a enxergar BHIA3 como uma ação de especulação, considerando a volatilidade apresentada.

Bruna Sene, analista da Nova Futura, acredita que existe uma oportunidade justamente nessas variações de curto prazo. Entretanto, pensando no longo prazo, Sene destaca que não recomendaria o papel enquanto não houvesse uma melhora de tendência e nos resultados da companhia.

A analista avalia que fatores conjunturais pressionam a empresa, em um ambiente macroeconômico de menor apetite por risco. Além disso, o lado setorial também não anima, com o varejo ainda em processo de “adaptação pós-pandemia”.

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Além da Casas Bahia

A segunda maior queda do ano pertence ao Grupo Pão de Açúcar (GPA – PCAR3), atingindo desvalorização de 48,86%. No último pregão, o papel teve um alívio, fechando com alta de 4,16% após seis pregões seguidos em baixa na semana passada. Na última semana, marcou queda de 1,13%.

Para a Genial Investimentos, o deslize das ações não é motivo de alarde. A corretora enxerga, inclusive, uma oportunidade de risco-retorno na ação, levando em conta que a empresa está em “um momento crucial de alavancagem operacional e recomposição de margens”.

Alpargatas (ALPA4), CVC (CVCB3) e Carrefour (CRFB3) vêm em seguida, em quedas anuais de, respectivamente, 46,62%, 42,76% e 39,10%.

Vírgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, explica que essas ações dos setores de varejo e consumo estão sob recomendação de compra ou neutra, por conta da recente queda na taxa Selic. Mas deste grupo, a maior vantagem de compra está com a CVC, justificada pela quebra da 123Milhas, “então o marketshare (quota de mercado) dessa empresa aumentou pelo consumo do tipo de serviço que ela faz”.

De acordo com Lage, considerando esse cenário, a CVC foi a empresa que mais recebeu recomendação de compra. Contudo, dessas três ações, o papel que está mais saudável é o Carrefour, “olhando mais longo prazo e saúde da empresa, é a que esta com melhor performance também no sentido de compra”.

Ações Queda
Casas Bahia (BHIA3) 73,75%
Pão de Açúcar (PCAR3) 48,86%
Alpargatas (ALPA4) 46,62%
CVC (CVCB3) 42,76%
Carrefour (CRFB3) 39,10%
Assaí (ASAI3) 37,29%
PetroRecôncavo (RECV3) 35,31%
Minerva (BEEF3) 33,81%
Grupo Soma (SOMA3) 33,63%
Lojas Renner (LREN3) 32,65%

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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