Comprar ou vender?

Casas Bahia (BHIA3) no chão: Fuja das ações agora, indica BB Investimentos

08 jan 2024, 17:28 - atualizado em 08 jan 2024, 19:24
Casas Bahia
Ainda segundo a analista, considerando a incorporação de premissas ainda mais conservadoras de crescimento e rentabilidade em 2024 e 2025 (Imagem: Casas Bahia)

Após derreter 81% em 2023, o BB Investimentos enxerga mais um ano de ‘seca’ para a Casas Bahia (BHIA3). A corretora rebaixou a recomendação para venda, com preço-alvo de R$ 9,8, potencial de queda de 5% ante o último fechamento de sexta-feira (5). Ou seja, para a analista Georgia Jorge, a ação da varejista continuará no chão em 2024.

“Após a divulgação do resultado referente ao terceiro trimestre, rebaixamos nossa recomendação para venda diante da apresentação de números fracos que, em conjunto com o momento delicado vivenciado pela companhia, com rebaixamento de ratings corporativos e de crédito, nos acendeu um alerta quanto ao elevado risco de execução de seu plano de recuperação”, destaca a analista.

Em um intervalo de meses, a S&P rebaixou o rating de emissão de certificados de recebíveis imobiliários da companhia duas vezes, abrindo gatilho para a assembleia de credores antecipar o recebimento da dívida, mas que não aconteceu.

Ainda segundo a analista, considerando a incorporação de premissas ainda mais conservadoras de crescimento e rentabilidade em 2024 e 2025, o Grupo Casas Bahia segue em um momento desafiador, com desequilíbrio entre a relação risco-retorno.

Os principais riscos para empresa, na visão do BB, são:

  • execução do plano estratégico;
  • impacto de investimentos em aquisição de cliente e no desenvolvimento da omnicanalidade acima do esperado;
  • incapacidade de atrair e reter os melhores sellers (vendedores) na sua plataforma de marketplace;
  • incapacidade de escalar e rentabilizar a solução financeira oferecida aos seus clientes, assim como as novas soluções logísticas; e
  • incremento das provisões acima do esperado

O que a Casas Bahia propõe para virar o jogo?

Em seu plano de reestruturação, anunciado com o balanço, a companhia incluiu dois pilares para virar o jogo: alavancas operacionais e otimização da estrutura de capital.

As iniciativas incluem ainda redução potencial de 50 a 100 lojas em 2023, revisão de quadro de lojas, renegociação de aluguel e revisão de sortimento ideal e sublocação de espaço ocioso.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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