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Casas Bahia (BHIA3) e mais duas varejistas encabeçam lista de perdedores do Ibovespa no mês; e agora?

29 set 2023, 18:16 - atualizado em 29 set 2023, 18:16
Casas-Bahia-BHIA3
Casas Bahia vê papéis tombarem em setembro (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

O salto desta sexta-feira (29) não livrou a Casas Bahia (BHIA3), ex-Via, de marcar a maior queda do Ibovespa em setembro. As ações da varejista de e-commerce despencaram cerca de 50% no mês, pressionadas não só pelo cenário macroeconômico ainda desafiador, como também por mudanças de reestruturação da companhia.

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Em setembro, a Via realizou a mudança da denominação social para Grupo Casas Bahia. A aprovação da proposta pelos acionistas levou também ao surgimento de um novo ticker. Dessa forma, VIIA3 deixou de ser negociada, substituída por BHIA3 desde o dia 20.

No entanto, o que jogou as ações para baixo foi a oferta de ações da empresa, precificada a R$ 0,80 por ação, um desconto de quase 28%. A oferta levantou, dessa forma, R$ 622 milhões, bem abaixo do valor inicialmente sugerido, em torno de R$ 1 bilhão.

O novo plano de reestruturação da Casas Bahia, anunciado na época dos resultados do segundo trimestre, foca em estabilização das operações, geração de caixa e melhoria da rentabilidade. Para isso, uma das iniciativas contempla a redução potencial entre 50 e 100 lojas ainda neste ano, com revisão de quadro de lojas, renegociação de aluguel e revisão de sortimento ideal e sublocação de espaço ocioso.

  • Há ‘salvação’ para a Casas Bahia (BHIA3)? Analistas indicam outra ação do varejo que pode se beneficiar da derrocada de VIIA3. Confira:

Mês ruim para trio de varejistas

Setembro foi especialmente ruim para as varejistas. Além de Casas Bahia, Pão de Açúcar (PCAR3) e Magazine Luiza (MGLU3) encabeçam o ranking de perdas do Ibovespa no mês.

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A varejista do setor alimentício recuou 29,15%, enquanto a empresa do segmento de e-commerce apontou desvalorização de 23,19%.

O setor de varejo, um dos mais sensíveis aos juros, ficou pressionado pelas últimas decisões dos bancos centrais. O Magazine Luiza, principalmente, chegou a rondar os R$ 2 depois que o Federal Reserve (Fed) decidiu por pausar o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic.

Ambas as decisões eram amplamente esperadas por agentes financeiros. O que pegou os mercados de surpresa foi o tom mais duro dos comunicados, que acabou jogando um balde de água fria em quem esperava sinalizações mais positivas quanto à política contracionista americana e ao ritmo de flexibilização dos juros no Brasil.

Isso acabou gerando estresse na curva de juros, afetando as ações mais expostas a essa dinâmica.

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Comprar BHIA3 e MGLU3?

Em relatório recente, o BB Investimentos destaca que o Magazine Luiza entregou no segundo trimestre números aquém das estimativas por ocasião de despesas não recorrentes pressionando a rentabilidade.

Mesmo enfrentando um momento desafiador, o Magazine Luiza tem realizado esforços bem-vindos para otimizar suas operações. Considerando ainda o potencial de valorização e a expectativa de gradual melhoria das vendas com a redução dos juros, o BB reafirma sua recomendação de compra para a empresa.

No caso da Via, o BB rebaixou os papéis para “neutra”, com preço-alvo ao fim de 2024 de R$ 1,40. A instituição entende que, no último mês, a ação passou por “momentos bastante desafiadores”, tendo citado o mais recente follow-on.

“Essa queda refletiu a preocupação dos investidores com a iniciativa da companhia em captar recursos em um momento delicado em que, apesar da boa recepção do plano de transformação, ainda é incipiente para observar melhoras concretas decorrentes dos projetos ora em curso”, explica.

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Na opinião do BB, haverá destravamento de valor apenas com avanços do plano de transformação da companhia. O curto prazo deve seguir pressionado devido a despesas não recorrentes relacionadas às iniciativas de redução do quadro corporativo e fechamento de lojas.

Veja as cinco maiores baixas do Ibovespa em setembro:

Empresa Ticker Variação em setembro (%)
Casas Bahia BHIA3 -50,39
Pão de Açúcar PCAR3 -29,15
Magazine Luiza MGLU3 -23,19
Vamos VAMO3 -16,82
Lojas Renner LREN3 -15,44

Veja as cinco maiores altas do Ibovespa em setembro:

Empresa Ticker Variação em setembro (%)
CSN Mineração CMIN3 13,32
BRF BRFS3 12,72
Hapvida HAPV3 10,33
Petrobras PETR3 9,7
São Martinho SMTO3 8,66

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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