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“Casos Monark” do passado: 5 declarações desastrosas que afetaram patrocínios

09 fev 2022, 16:22 - atualizado em 09 fev 2022, 16:35
Monark
O caso do Monark e o distanciamento de marcas patrocinadoras reflete a preocupação das marcas com os posicionamentos dos influenciadores (Imagem: Reprodução YouTube)

O assunto do momento é a declaração de Monark (Bruno Aiub) no Flow Podcast e todo o desenrolar do ocorrido, que levou ao desligamento do fundador do podcast e a compra de sua participação na sociedade do Estúdios Flow.

Toda a situação gerou uma repercussão pública de grandes proporções, que levou o Flow a perder grande parte de seus patrocinadores, que se posicionaram com notas de repúdio e, em diversos casos, reafirmações de que não tem mais relação com o podcast. 

O caso Monark não é o primeiro no qual figuras com influência na internet realizaram declarações desastrosas que geraram grandes repercussões e perdas de patrocinadores, levando marcas a buscarem desatrelar seus nomes de figuras polêmicas. 

Ocorreram casos no passado que mostram como as falas de influenciadores levam o assunto para discussão pública e fazem com que marcas se posicionem, buscando se distanciar das pessoas envolvidas.

Gabriela Pugliesi 

Em 2020, durante o início da pandemia de Coronavírus, Gabriela Pugliesi, influenciadora digital, organizou uma festa para Mari Gonzalez, que havia saído do confinamento do BBB 20. 

Além de furar a quarentena, Gabriela disse em um story a frase “foda-se a vida”, o que reforçou ainda mais a polêmica gerada. A repercussão foi enorme, com posicionamento do público, de outros grandes influenciadores, artistas e, principalmente, das marcas que trabalhavam com a influencer. 

Marcas como HOPE, Baw, LBA, Body For Sure, Desinchá, Evolution Coffee, Rappi, Mais Pura e Liv Up cancelaram os contratos com a influenciadora, que sentiu no bolso a perda dos patrocinadores, além da queda de número de seguidores, o que a levou a desativar sua conta por um período, enquanto estruturava uma gestão de crise. 

Nego do Borel 

Nego do Borel, nome artístico para Leno Maycon Viana Gomes, é um artista que teve o nome envolvido em diversas polêmicas nos últimos anos, com dois destaques que levaram à perda de patrocinadores e impactos diretos na carreira: comentário transfóbico e as acusações realizadas pela ex-namorada, Duda Reis. 

No caso do comentário transfóbico, a youtuber e influencer Luísa Marilac comentou em uma foto do cantor: “A cada dia que passa você está mais gato, homem”. A resposta foi: “Você é um homem gato também, parabéns. Deve estar cheio de gatas!”.

Luísa, que é transgênero, rebateu questionando “onde você está vendo um homem aqui? De coração, gosto muito do seu trabalho, acho você um homem lindo. Seu comentário me deixou passada”, e a situação tomou grandes proporções na internet. 

Com isso, cantoras como Ludmilla e Luísa Sonza cancelaram parcerias com o cantor, além de artistas como Din Din Din cancelar a participação em seus shows. 

No caso com Duda Reis, foi acusado pela ex-namorada de traição, ameaças, violência física e psicológica. Com isso, o cantor perdeu patrocínio da marca Nifty e com loja de celulares no Rio de Janeiro. 

Os impactos também foram sentidos em sua carreira e até o momento correm questões judiciais em torno do artista. 

Carlinhos Maia 

Carlinhos Maia é um youtuber que também já teve o nome envolvido em controvérsias, entretanto, uma das mais desastrosas foi a que o colocou em conflito com Whindersson Nunes.

Após convidar Whindersson para seu casamento e o mesmo não comparecer, o influencer atacou o humorista dizendo que não tinha ido para não dar “ibope” e ironizou a depressão, doença que afeta Whindersson, após o mesmo fazer um tweet rindo e Carlinhos Maia questionar se não era ele quem estava com depressão. 

A discussão se estendeu e abrangeu até mesmo a esposa de Whindersson na época, Luísa Sonza, e o influencer recebeu muitas críticas por seu posicionamento insensível com uma doença séria.

Com isso, perdeu 17 de seus 96 contratos, com marcas se posicionando contra a ironização da depressão. 

Karol Conká 

Karol Conká foi integrante do grupo Camarote do BBB 21 e sua participação foi marcada por muitas declarações polêmicas, sendo acusada de xenofobia, humilhação com os participantes, manipulação, entre outros ocorridos. 

Durante sua participação na casa, a internet trouxe à tona as falas e posicionamentos, criticando a cantora pelas suas ações. 

A repercussão foi tanta que muitos prejuízos foram causados, como a perda de seguidores, de patrocínio da Skol, perda do programa “Prazer Feminino” no GNT, cancelamento de apresentação em festivais e perda do apoio de outros artistas e até mesmo de parte do seu público. 

Júlio Cocielo 

Ao longo de sua trajetória na internet, Júlio Cocielo se envolveu em algumas polêmicas e um dos casos em que sua declaração levou à perda de patrocínios foi durante a Copa do Mundo de 2018, onde escreveu que “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein?”.

As acusações de racismo vieram rapidamente, mesmo com o youtuber excluindo o post, o que levou empresas patrocinadoras a encerrarem suas parcerias, dentre elas a Adidas, o banco Itaú, McDonald’s e Submarino.

Cocielo pediu desculpas e afirmou que o tweet foi no intuito de fazer piada com a velocidade do jogador. 

A internet, marcas e figuras públicas 

Relembrar todos esses casos e o mais recente envolvendo o Monark são um reflexo da relação entre a internet, marcas e figuras públicas. 

Pessoas com influência na internet serão cobradas pelo público presente na internet por seus posicionamentos, declarações e opiniões, especialmente quando atingem questões preconceituosas e que remetem a riscos à vida e ao respeito. 

Apesar dos gerenciamentos de crises, retratações e inclusive mudanças em decorrência dos erros, são fatos que ocorreram e sempre permanecerão na internet.

Dessa forma, as marcas que apoiam figuras públicas com parcerias e patrocínios também serão cada vez mais cobradas, com o público na internet buscando por posicionamentos e associando marcas ao que seus patrocinados acreditam. 

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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