Mercados

Cautela marca começo de semana para Ibovespa com EUA-China no radar; Bradesco sobe

07 out 2019, 11:59 - atualizado em 07 out 2019, 11:59
Papeis da farmacêutica Biotoscana decolavam acima dos 11% às 11:50 (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa mostrava fraqueza nesta segunda-feira, com agentes financeiros atentos ao noticiário sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto Bradesco avançava após proposta bilionária de dividendo extraordinário.

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Às 11:50, o Ibovespa caía 0,20%, a 102.247,69 pontos. Na mínima, chegou a 101.861,43 pontos. O volume financeiro somava 2,66 bilhões de reais.

Investidores adotavam alguma cautela antes de rodada de negociações comerciais entre autoridades norte-americanas e chinesas de alto escalão, marcada para começar na quinta-feira, principalmente após notícia de que a China estaria relutante a um acordo mais amplo.

“Se as mais recentes sinalizações eram de um ‘azeitamento’ nas relações sino americanas, pode se dizer que uma diluição nesse sentimento está ocorrendo”, destacou a equipe da corretora H.Commcor em relatório a clientes, citando contudo que é preciso esperar para ver sobre a retomada das conversas no dia 10.

Em Nova York, o S&P 500 cedia 0,4% e o Dow Jones caía 0,35%, reduzindo as perdas.

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Destaques

Bradesco (BBDC4) subia 1,5%, atenuando a pressão negativa sobre o Ibovespa, após o segundo maior banco privado do país anunciar proposta de pagamento dividendo extraordinário de 8 bilhões de reais, que será avaliada pelo conselho em reunião do próximo dia 17. “Muito positivo”, afirmou o analista Marcelo Telles, do Credit Suisse, em nota a clientes.

Itau Unibanco (ITUB4) tinha variação positiva de 0,3%, enquanto BTG Pactual (BPAC11) perdia 1%,  Banco do Brasil  recuava 1,3% e Santander Brasil (SANB11) cedia 0,25%.

Ações da Eletrobras (ELET3;ELET5;ELET6) caíam 3% e 2,86%, entre as maiores quedas. No fim de semana, a Folha de S.Paulo noticiou que o governo enterrou de vez os planos de injetar 3,5 bilhões de reais para tornar a companhia mais atraente para investidores privados e decidiu adotar uma estratégia corpo a corpo com parlamentares em uma ofensiva para angariar apoio ao projeto de lei que abrirá caminho para a privatização da estatal.

Vale (VALE3) desvalorizava-se 0,15%, em sessão sem viés definido.

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Braskem (BRKM5) caía 2,7%, com o papel ainda suscetível ao imbróglio envolvendo ao plano de recuperação judicial do grupo Odebrecht, controlador da companhia.

JBS (JBSS3)  recuava 0,8%, entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, no segunda sessão de queda, capitaneando as perdas no setor de proteínas, com Marfrig (MRFG3) em baixa de 1,1% e BRF (BRFS3) cedendo 0,8%.

Papeis da Petrobras (PETR4;PETR3) subiam 0,15% e 0,07%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo .

Cyrela (CYRE3), que não está no Ibovespa, disparava 6,4%, tendo de pano de fundo oferta primária de até 54 milhões de ações em follow on previsto para ser precificado em 28 de outubro.

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Oi (OIBR3) subia 3,2%, em meio a uma notícia sobre negociações entre grandes grupos do setor para comprar ativos da operadora de telefonia brasileira, que está em recuperação judicial.

Biotoscana (GBIO33) saltava 12%, tendo no radar notícia do blog financeiro Brazil Journal que a Advent e a gestora Essex estão em conversas avançadas para a venda do controle da Biotoscana, sendo que a Eurofarma e a farmacêutica canadense Knight Therapeutics apresentaram propostas e uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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