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CBA (CBAV3): Bradesco BBI tem visão fora do consenso para ações; o que fazer após queda recente?

18 mar 2023, 9:30 - atualizado em 17 mar 2023, 14:21
CBA
A CBA chegou a cair cerca de 30% na Bolsa após o balanço do quarto trimestre de 2022 (Imagem: CBA/Divulgação)

O Bradesco BBI segue cauteloso com as ações da CBA (CBAV3), mesmo após a queda recente desde a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2022.

A CBA chegou a cair cerca de 30% na Bolsa após o balanço. A Companhia Brasileira de Alumínio registrou prejuízo de R$ 80 milhões no quarto trimestre de 2022. Com isso, reverteu o lucro de R$ 615 milhões reportado no mesmo período de 2021.

A receita líquida da empresa recuou 19% no quarto trimestre, a R$ 1,95 bilhão, principalmente pela redução de R$ 414 milhões na receita do negócio de alumínio comparado com os últimos três meses de 2021. O volume de vendas ficou estável em 122 mil toneladas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 103 milhões no quarto trimestre, tombo anual de 79%. A margem Ebitda ajustada contraiu 16 pontos percentuais, passando de 21% para 5%.

Analistas, que já projetavam um trimestre fraco, esperam uma dinâmica de lucros “muito desafiadora” à frente.

“Nossa tese cautelosa, e fora de consenso sobre o CBA, está funcionando e, na verdade, acelerou esta semana após resultados fracos no quarto trimestre e perspectivas pouco animadoras para os próximos trimestres”, afirmam Thiago Lofiego e Renato Chane, da equipe de análise, em relatório de quinta-feira (16).

Para eles, mesmo após a queda das ações, voltar a investir em CBA não parece uma boa escolha. Embora os analistas vejam espaço para uma recuperação nos preços do alumínio em meio à reabertura econômica da China, o aumento da oferta chinesa deve dificultar uma recuperação mais significativa.

“Além disso, estamos preocupados com o desempenho de custos da empresa nos próximos trimestres, que, na
ausência de uma alta no preço do alumínio, pode trazer riscos de queda para as estimativas de Ebitda para o ano”, acrescentam.

Lofiego e Chane acrescentam ainda que a geração de caixa da CBA continuará espremida, a não ser que a companhia adie seus projetos, o que deve trazer implicações negativas.

“Por enquanto, mantemos nossa recomendação ‘Neutra’ e nossa visão cautelosa fora do consenso sobre CBA”, reforçam.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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