Comprar ou vender?

Safra vê esta ação subvalorizada e projeta valorização de 36%

11 nov 2025, 12:19 - atualizado em 11 nov 2025, 12:54
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Safra melhora recomendação da CBA (CBAV3) e projeta preço-alvo de R$ 7,30 para 2026, destacando ganhos com alumínio e ativos como o projeto Rondon. (Imagem: CBA/Divulgação)

O Safra elevou a recomendação da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) de neutra para compra, destacando a melhora nos preços do alumínio, o potencial de ganhos com alguns ativos extras e a expectativa de maior geração de caixa. O preço-alvo para 2026 é de R$ 7,30, o que representa um potencial de valorização de cerca de 36%.

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Segundo o banco, o CEO da CBA, Luciano Alves, e a Diretora de RI, Amabile Silva, mantêm uma visão positiva sobre o mercado de alumínio, apesar da incerteza sobre o crescimento da oferta na Ásia e da posição comprada generalizada na commodity.

“A gestão mantém uma perspectiva positiva para os preços do alumínio, apoiada pelo teto de produção da China, demanda estável de energias renováveis e sentimento de mercado melhorado em relação ao cobre. Acreditamos que os preços podem estar esticados, mas o mercado permanece relativamente equilibrado”, afirmam os analistas do Safra em relatório.

A projeção é de que os preços do alumínio caiam do patamar de US$ 2.883 por tonelada para cerca de US$ 2.800/t no final do ano, com média de US$ 2.700/t em 2026. Esse movimento poderia impactar negativamente as ações da CBA, mas o Safra avalia que elas ainda estão subvalorizadas em relação aos preços do alumínio.

Desafios da CBA

Entre os desafios apontados pelo banco estão:

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  • implementação do pipeline de projetos e maior oferta da China e da Europa;
  • demanda abaixo do esperado devido à desaceleração nas tendências de eletrificação e ao enfraquecimento do setor imobiliário chinês;
  • risco de não renovação das concessões hidrelétricas, aumentando a dependência de energia de terceiros;
  • preços do alumínio e câmbio divergindo das projeções.

A Ásia pode adicionar cerca de 2 milhões de toneladas (em torno de 3% da oferta atual) de nova capacidade de alumínio primário entre 2026 e 2030. A gestão da CBA reconhece o avanço dos projetos, mas alerta para riscos de atraso devido a gargalos de mão de obra e infraestrutura. Do lado da demanda, a expectativa é de que a taxa média de crescimento anual composta (CAGR) de cerca de 1,7% entre 2026 e 2030, apoiada por tecnologias limpas, o que deve compensar a desaceleração da construção.

Além disso, os preços da sucata estão elevados devido à alta demanda global e a distorções temporárias provocadas pelas tarifas dos EUA. Como o alumínio primário é tributado e a sucata não, produtores norte-americanos passaram a usar mais sucata, elevando preços e distorcendo o mercado.

Os prêmios chegaram a cerca de 105% do preço do alumínio LME (referência internacional), tornando a sucata mais cara que o metal primário. A expectativa é de que o mercado norte-americano se reequilibre, os preços da sucata se normalizem e as operações voltem aos níveis padrões.

Projeto de bauxita Rondon

Durante reunião com os executivos da CBA, os analistas do Safra também discutiram o valor oculto fora da capitalização de mercado atual, como projetos de fusão e aquisição e descobertas de terras raras (REEs) em Poços de Caldas.

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O projeto de bauxita Rondon ganhou tração após restrições de exportação e apreensão de ativos na Guiné, com potencial de valorização devido às REEs. O layout inicial previa capacidade de 4 milhões de toneladas por ano, mas os recursos disponíveis permitem expandir significativamente o projeto. O aumento do Capex pode ser um gargalo para a empresa operar sozinha.

Além de Rondon, as operações de bauxita da CBA em Poços de Caldas (MG) estão próximas de descobertas de REEs.

“Embora a CBA ainda não tenha realizado perfurações específicas de terras raras, estimamos que US$ 15 milhões em exploração poderiam permitir que a empresa reconheça esses recursos, incentivando investidores a considerar parte do valor de um projeto de REEs na capitalização de mercado da CBA”, conclui o Safra.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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