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Cemig (CMIG4): Depois da bonança, como serão os dividendos?

14 set 2025, 16:00 - atualizado em 12 set 2025, 16:36
Cemig
(Imagem: Guilherme Dardanhan/ALMG)

A Cemig (CMIG4) distribuiu uma bolada de dividendos nos últimos anos. Em 2024, foram pagos R$ 1,92 por ação, alta de 113% em relação a 2023, o que representou um retorno de 13%.

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Apesar disso, a Genial Investimentos avalia o papel com ceticismo do ponto de vista de remuneração ao acionista em 2025.

Segundo os analistas, mesmo com o endividamento sob controle, a companhia mantém postura moderada quanto ao pagamento de dividendos ou eventuais aquisições e deve continuar com a política de distribuir apenas 50% do lucro líquido.

O motivo é o foco crescente em investimentos.

Entre 2026 e 2027, R$ 1,1 bilhão devem ser destinados a reforços e melhorias da rede.

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Além disso, a empresa prevê um plano relevante de aportes, entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, no mesmo período.

O crescimento dos resultados deve vir principalmente dos negócios regulados, como distribuição e gás — áreas em que os investimentos só são reconhecidos a cada quatro anos.

“Mais uma vez, a gestão foi vocal quanto ao agressivo plano de investimentos que será tocado pela empresa e que, tudo mais constante, deve levar a relação dívida líquida/Ebitda para 2,5x até 2027”, calculam os analistas.

Cemig: vale a compra?

A Genial mantém recomendação neutra para a ação.

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Segundo a corretora, nos níveis atuais de preço, a companhia negocia com uma TIR (taxa interna de retorno) implícita de 9% e um múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) de 5,8x.

Interessante, é verdade, mas a corretora destaca que há ações melhores.

‘Seguimos com a nossa preferência em Eletrobras (ELET3), por julgarmos um case mais barato, já privatizado e com diferenciais competitivos muito claros’, afirmam os analistas.

Pontos de atenção

A corretora lista ainda três fatores de preocupação:

  • a empresa segue com concessões curtas no segmento de geração;
  • caso o governador Romeu Zema não consiga eleger seu sucessor, a gestão da Cemig pode ser radicalmente alterada, a depender da plataforma política que assumir;
  • a federalização da companhia é pouco provável, mas não pode ser totalmente descartada.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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