Cemig: XP traz recomendação neutra para ações com ceticismo quanto à privatização
A XP Investimentos continua a ver poucos avanços na articulação política entre os poderes executivo e legislativo para a viabilização da privatização da Cemig (CMIG4). Após a divulgação de uma pesquisa encomendada pela Associação Mineira de Municípios (AMM), a corretora reiterou seu ceticismo quanto à desestatização da companhia.
O levantamento da Reuters mostrou que 47,7% da população de Minas Gerais são contrários à privatização da elétrica, enquanto 36,2% se mostraram favoráveis à proposta. 16,1% não opinaram.
A aprovação dos mineiros, segundo a agência de notícias, é importante, “porque a legislação exige aprovação em plebiscito para a venda do controle de empresas de serviços públicos, como energia”. Para dar continuidade à desestatização da Cemig sem aprovação popular, o governo de Romeu Zema precisaria mudar a Constituição local, o que exigiria maioria de três quintos no legislativo estadual.
O governador disse que a privatização da companhia deve ficar para o segundo semestre de 2020 ou até 2021.
Recomendação
Por se dizer cética quanto aos desdobramentos da proposta, a XP traz recomendação neutra para as ações da Cemig, com preço-alvo de R$ 16 e potencial de valorização a médio de prazo de 17,3%.
