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Cenários por cenários, frigoríficos de bovinos saem perdendo de 4 a 1 a partir de setembro

13 set 2022, 14:32 - atualizado em 14 set 2022, 5:39
Frigoríficos Carnes Boi Agronegócio
Frigoríficos franceses já acenderam alerta sobre importações menores de carne (Imagem: Reuters/Eric Gaillard)

Na balança de cenários positivos e negativos para a carne bovina neste resto de ano, os frigoríficos estão perdendo de 4 a 1. Não significa que a goelada vingue, mas nem o ponto solitário é totalmente assegurado.

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Nesta terça (13), viu-se que a inflação medida nos Estados Unidos, anualizada em agosto, ascendeu a 8,1%. O custo de vida dos alimentos está no centro, juntos com energia, quando não excluídos esse núcleo volátil.

Junto, a aposta de um Federal Reserve aumentando o teto de alta de juros de 75 pontos base para 1 voltou, irradiando indisposição global.

A possibilidade de encurtar as margens dos frigoríficos lá estacionados, como Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3), está mais presente no jogo, como também as suas exportações do Brasil para lá. Aqui incluindo o Minerva (BEEF3), num ponto no qual os embarques para este país pesam cada vez mais positivamente ao Brasil.

Outro ponto, o 2 a zero, Gustavo Resende Machado, analista da StoneX, confirma o que Money Times publicou dia 9. O yuan fraco diante do dólar, por um PIB desacelerado, levou os compradores chineses a forçarem os frigoríficos darem desconto na carne, para desonerar o fator cambial desfavorável a eles.

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Há um recorde sendo desenhado para as exportações, com os primeiros embarques registrados em setembro, mas o fator preço pode pesar. Se o câmbio no Brasil ficar ruim para o real, aí poderá haver compensação.

De todo modo, ao menos até os dados oficiais da Secex a partir de setembro esse cenário ficará cristalizado em relação aos impactos.

Continuando a ver os cenários mais complicados, ainda se destaca a inflação atacando o mundo todo, com os bancos centrais alinhando para cima as taxas de juros. A União Europeia (UE) sobressai, mais o Reino Unido.

Aqui se adiciona o reflexo do quanto a economia americana, que parece não terá mais pouso suave, pode azedar o mundo com cara de recessão.

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Tanto os países podem diminuir as compras, como também podem seguir os chineses, forçando para pagar menos.

O quarto cenário complicado, que muito bem poderia ser o primeiro, é o mercado interno, lembra o analista de pecuária de corte da StoneX. A inflação cedeu um pouco, mas a carne bovina segue amparada em vendas promocionais.

Aqui entra o cenário positivo para os frigoríficos. O preço do boi está atravessando uma entressafra de cotações baixas, por oferta sobressalente, e há no cenário do segundo semestre a possibilidade de seguir assim.

A menos que as chuvas voltem mais cedo e deem folga para o produtor segurar as vendas, ainda que demore para a recuperação das pastagens em muitas regiões.

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“Sim, o preço de matéria-prima mais baixo alivia custos da indústria, mas o grande desafio, olhando pro macro, será a venda de Carne”, completa o analista Gustavo Resende Machado.

Por enquanto, 4 a 1.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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