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CEO chora? Foto de executivo chorando após demitir funcionários viraliza e é criticada

22 ago 2022, 16:42 - atualizado em 22 ago 2022, 16:42
Braden Wallake, CEO da startup americana HyperSocial
Braden Wallake, CEO da startup americana HyperSocial, viraliza ao publicar foto chorando (Imagem: Reprodução/LinkedIn)

Qual foi a coisa mais difícil que você já teve que fazer? Para o CEO da startup norte-americana HyperSocial, Braden Wallake, foi ter que demitir os funcionários.

Em uma publicação no LinkedIn, que vinha acompanhada de uma foto de Braden chorando, ele escreveu que “não consigo pensar em um momento pior do que este”. A postagem viralizou na rede social conhecida por ser um espaço para o compartilhamento da carreira profissional.

O momento de vulneralidade, que trouxe até mesmo trazendo uma reflexão não tão comum para o LinkedIn, não agradou a todos. O post recebeu diversas críticas, acusando o executivo de querer ocupar centro da situação, a qual representa um impacto maior na vida dos demitidos.

Abrindo o coração

No texto, o CEO se responsabiliza por decisões anteriores que causaram as demissões e disse amar todos os seus empregados.

“Eu sei que não é profissional dizer a meus funcionários que os amo, mas, do fundo do meu coração, espero que eles saibam o quanto eu amo. […] Sempre contratei pessoas na base de quem elas são como pessoas”, declarou.

Ele comenta que, em situações assim, gostaria de ser um empresário movido por dinheiro e que não se importa com as pessoas, mas ele não se vê dessa forma.

“Eu só quero que as pessoas vejam que nem todo CEO por aí é insensível e não se importa quando tem que demitir pessoas”, diz na publicação.

As lágrimas não foram em vão (nem os comentários)

No momento, a publicação conta com mais de 58 mil reações e ultrapassa os 10 mil comentários. Mas, o post divide os internautas: alguns se solidarizam com o executivo e outros dizem que a ação foi egoísta.

“São pessoas como você que fazem deste mundo um lugar melhor, obrigada por ser vulnerável e compartilhar a realidade”, escreveu uma usuária da rede social em meio as críticas.

“Eu vi CEO ter que demitir pessoas que eles não queriam. Sabe o que eles fizeram? Eles conversaram com amigos e outras empresas para tentar encontrar trabalho, eles os ajudaram com CVs e na preparação de entrevistas. Deram cartas de recomendação e perguntaram aos chefes e colegas se eles estariam dispostos a escrever referências. Se você está realmente tão chateado você teria ajudado eles e até postado sobre como eles são incríveis no LinkedIn para encontrar-lhes um novo trabalho”, disse um dos comentários.

Braden parece ter ouvido às críticas e aprendido com as lições oferecidas. Apenas um dia depois, o CEO voltou a publicar no LinkedIn, mas dessa vez foi um pequeno perfil de um dos funcionários que teve de demitir, Noah Smith, convidando recrutadores a entrarem em contato com o profissional.

Leia na íntegra o texto do CEO

“Esta será a coisa mais vulnerável que eu vou compartilhar na vida. Eu fui e voltei atrás se postava isso ou não. Tivemos que demitir alguns de nossos funcionários. Vi muitas demissões nas últimas semanas no LinkedIn. A maioria deles é devido à economia, ou qualquer outro motivo. O nosso? Minha culpa. Tomei uma decisão em fevereiro e fiquei preso nessa decisão por muito tempo. Agora, eu sei que minha equipe vai dizer que “nós tomamos essa decisão juntos”, mas eu nos conduzi a isso. E por causa dessas falhas, precisei fazer hoje a coisa mais difícil que já tive que fazer.

Sempre fomos um negócio que coloca as pessoas em primeiro lugar. E sempre seremos. Dias como hoje, eu gostaria de ser um empresário que fosse movido apenas pelo dinheiro e não se importasse com quem machucou ao longo do caminho. Mas eu não sou. Então, eu só quero que as pessoas vejam que nem todo CEO por aí é insensível e não se importa quando ele/ela tem que demitir pessoas.

Tenho certeza de que existem centenas e milhares de outros como eu. Aqueles que você não escuta sobre. Porque eles não demitiram 50, 500 ou 5.000 funcionários. Eles demitiram um ou dois ou três. Um, dois ou três que ainda estariam aqui se melhores decisões tivessem sido tomadas.

Eu sei que não é profissional dizer aos meus funcionários que eu os amo. Mas do fundo do meu coração, espero que eles saibam o quanto eu os amo. Cada um. Cada história. Cada coisa que os faz sorrir e cada coisa que os faz chorar. Suas famílias. Seus amigos. Seus passatempos. Eu sempre contratei pessoas com base em quem elas são como pessoas. Pessoas com grandes corações e grandes almas.

E não consigo pensar em um momento pior do que este”.

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Estagiária
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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