CEO da Be8 e diretor da Aprobio diz que Brasil tem potencial para ser exportador de biocombustíveis, e cita frango como exemplo

O mercado de biocombustíveis do Brasil tem muito potencial exportador, e os produtores de frango devem servir de referência sobre que caminho seguir. Essa é a visão do diretor presidente da Be8, Erasmo Battistella, que também é diretor da Associação de Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
Para ele, apesar de existirem diversos investimentos em fábricas de biocombustíveis — o que é positivo —, o setor precisa se consolidar internamente.
“Precisamos olhar o exemplo do mercado de frango, que já se consolidou e avança em exportações. Temos vendas para fora, mas ainda não temos um mercado externo consolidado para biocombustíveis”, afirmou Battistella durante o painel “As Transformações do Mercado de Biocombustíveis e seus Coprodutos”, do Bradesco BBI Agro Summit 2.0.
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O executivo disse que, além de políticas públicas, o setor precisa se organizar para, cada vez mais, para penetrar em novos mercados.
“O mercado externo, por exemplo, tem muito potencial. Nós podemos ser grandes exportadores. Mas quem é que está trabalhando para criar o mercado externo de biocombustíveis do Brasil?”, indagou.
Battistella vê 2025 como um ano histórico para os biocombustíveis do Brasil pelo aumento da mistura de etanol na gasolina, de 30%, e de biodiesel no diesel, de 15%.
Battistella também disse que a aprovação do PL do Combustível do Futuro é essencial para o fortalecimento do setor. “Somos frutos de políticas públicas. Quando olhamos para frente e conseguimos ter previsibilidade, ganhamos uma boa perspectiva de mercado”, comentou.
Ele elogiou as medidas adotadas pelo governo Lula em relação à retomada do cronograma de elevação da mistura do biodiesel.
“O governo está comprometido com a transição energética. Não podemos perder oportunidade de mover a COP 30 com nossos biocombustíveis que ajudam na descarbonização”, falou.