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CEO da Sanderson prevê preços dos grãos em alta até 2022

10 mar 2021, 11:13 - atualizado em 10 mar 2021, 11:13
Os preços do milho e soja, principais ingredientes usados em rações, sobem enquanto a China acelera as compras de suprimentos americanos e o clima prejudica as safras do Brasil e da Argentina (Imagem: Pixabay)

Os preços dos grãos devem continuar altos em 2022, apesar da área plantada recorde de milho e soja nos Estados Unidos, de acordo com o terceiro maior produtor de frango do país.

A Sanderson Farms projeta que os preços, que subiram para a maior cotação em quase sete anos, permaneçam elevados, já que as “enormes” semeaduras em todo o cinturão agrícola dos EUA não serão suficientes para repor os estoques nos EUA, disse o diretor-presidente da empresa, Joe Sanderson, em conferência virtual do Bank of America na terça-feira.

Os preços do milho e soja, principais ingredientes usados em rações, sobem enquanto a China acelera as compras de suprimentos americanos e o clima prejudica as safras do Brasil e da Argentina. A tendência deve pressionar as margens de produtores de frango como a Sanderson, que já enfrenta preços do milho a US$ 5,45 o bushel e do farelo de soja a US$ 416 por 900 kg, ambos perto dos maiores níveis em vários anos.

“Teremos preços bem altos em 2022”, disse Sanderson. “Não teremos milho a US$ 3,50 e farelo por US$ 300. Os preços serão altos novamente.”

Agricultores americanos devem plantar um recorde de 73,6 milhões de hectares com milho e soja neste ano, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA. Ainda assim, os estoques permanecerão limitados devido ao aumento da demanda. Algumas das maiores tradings de commodities agrícolas do mundo esperam que os mercados permaneçam apertados por pelo menos mais um ou dois anos.

Além da perspectiva de custos altos, a Sanderson espera produção menor de frango em abril e maio devido às tempestades de neve que atingiram vários estados dos EUA neste ano, colocando ainda mais pressão sobre as margens. O clima danificou as operações da empresa, e a Sanderson perdeu cerca de 600 mil aves.

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