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CEO do Santander responde como chegará à rentabilidade de 20%; ‘vamos trabalhar para não depender da queda da Selic’

30 jul 2025, 12:04 - atualizado em 30 jul 2025, 12:04
Mário Leão, CEO do banco Santander (SANB11) (Imagem: Reprodução da teleconferência de resultados)
Mário Leão, CEO do banco Santander (SANB11) (Imagem: Reprodução da teleconferência de resultados)

O balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25) do Santander (SANB11) mostrou uma melhora da rentabilidade do banco, que ficou em 16,4% no intervalo encerrado em junho. Contudo, o número ainda está distante da meta de 20% da instituição. 

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Para Mário Leão, CEO do Santander Brasil, a pedra no sapato continua sendo a taxa básica de juros bastante elevada. A Selic, vale lembrar, está em 15% ao ano, o patamar mais alto em quase 20 anos.

“O grupo Santander tem falado em buscar uma rentabilidade de 20% como um todo, tem setores que já atingiram e outros que ainda estão nesse caminho. E é verdade que o grupo olha de perto a taxa de juros do Brasil”, comenta. 

“É óbvio que uma Selic mais alta torna esse objetivo mais distante porque quanto maior a taxa de juros, mais alto é o custo de carrego do portfólio de títulos”, diz Leão.

Ele explica que a agenda de busca por uma maior eficiência é a chave para aumentar a rentabilidade do banco. “A gente vai trabalhar para não depender da queda da Selic para aumentar a rentabilidade por meio do aumento da eficiência que eu venho defendendo nos últimos trimestres”.

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De acordo com o release de resultados do Santander, a transformação digital tem permitido otimizar o número de agências e maximizar a produtividade.

“Com isso, atingimos o melhor índice de eficiência dos últimos 3 anos e ainda vemos espaço significativo de evolução nos próximos períodos”, diz o documento, que aponta um índice de eficiência de 36,8% — uma queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. 

Provisões do Santander (SANB11) 

Outro ponto que chamou a atenção dos analistas foi o crescimento das provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceu 16,4% em 12 meses, para US$ 6,862 bilhões. 

Olhando na linha de provisões para recuperação de crédito, houve um crescimento de 21,8% em relação ao segundo trimestre de 2024.

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Para Gustavo Alejo, CFO do Santander, os sucessivos pedidos de recuperação judicial de empresas, em especial do agro, têm impactado o chamado “estágio 3” da resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN). 

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“Por outro lado, as carteiras de varejo, pessoa física e financeiras estão performando bem. A gente acompanha bem de perto a cobertura por estágio (de recuperação de crédito)”, diz. 

O estágio 3 refere-se à classificação de entidades em situação de inadimplência ou com problemas significativos de recuperação de crédito. Nesses casos, a provisão para perdas esperadas deve cobrir integralmente as perdas que se espera que ocorram. 

Já para Leão, CEO do Santander, o banco opera com uma política de acordos cada vez mais restritiva. “A gente não faz acordo de pessoa física ou jurídica que não tenha algum componente de caixa”. 

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Ele afirma que o banco quer um portfólio cada vez mais “livre de risco”, o que explica uma tentativa de melhora no mix de carteiras por renda. O Santander ainda caminha para penetrar no público de alta renda, enquanto o de renda mais baixa continua predominante.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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