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CEO dobra analistas e Vale volta a ser desejada

05 dez 2017, 12:16 - atualizado em 05 dez 2017, 12:20

Vale

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O novo CEO da Vale, Fabio Schvartsman, caiu nas graças do mercado. O ex-executivo da Klabin assumiu a mineradora brasileira no final de março deste ano. À época, os investidores davam adeus para Murilo Ferreira.  As ações ordinárias (VALE3) eram negociadas a cerca de R$ 30 e ainda geravam desconfiança entre os analistas do mercado. As dúvidas pairavam sobre qual seria a estratégia para reduzir o endividamento e para enfrentar a instável cotação do minério de ferro. 

Quase oito meses depois, os papéis acumulam uma valorização de aproximadamente 23% e refletem uma mudança de visão dos principais bancos do mercado. O perfil de Schvartsman parece ter caído como uma luva para o momento da empresa.

Ele deixou claro que pretende focar as atividades no minério de ferro, além de conseguir gerar mais caixa na venda da commodity com a uma estratégia de mistura de minério de alta qualidade com o tradicional.

O resultado disso tudo, aliado ao corte de custos, é que a companhia se põe mais forte para enfrentar eventuais solavancos da economia chinesa e o consequente impacto sobre os preços dos metais básicos. Schvartsman implementou o que foi chamado de “cultura de custo” e, para isso, contratou as consultorias Falconi e PIP Mining Consultants para ajudar no processo. Novas fusões ou aquisições, com isso, se tornaram improváveis.

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As mudanças operacionais aconteceram ao mesmo tempo em que a Vale finalizou um enorme avanço em sua governança corporativa, que foi a unificação das ações em uma única classe e a migração para o Novo Mercado, que é o nível mais elevado neste quesito na B3. A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para que os acionistas deliberem sobre a migração está agendada para o próximo dia 21.

Recomendações

A avalanche de notícias positivas fez com que alguns bancos, que há anos não indicam as ações da Vale, mudassem de ideia. No final de novembro, o BTG Pactual elevou a recomendação para as ações da Vale (VALE) de neutra para compra e alterou o preço-alvo para a ADR (American Depositary Receipt) negociada em Nova York saltou de US$ 9 para US$ 14.

“Nos últimos dois anos, estivemos pessimistas sobre a direção dos preços do minério de ferro e a consequente baixa convicção em recomendar a Vale”, explicam os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure. Agora, o BTG Pactual considera que a cadeia saudável do aço e a disciplina do crescimento da oferta do minério de ferro, há condição para que a commodity continue a surpreender para o lado positivo.

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Além disso, dado a melhora do lado dos custos, a alocação de capital e a recuperação dos preços dos metais, os analistas veem as ações atrativas em qualquer cenário acima de US$ 55 para a tonelada do minério de ferro. “Desalavancagem e potencial de dividendos ainda não estão precificados. Esta é uma atualização tardia, mas uma merecida, dado o nível de redução de risco”, admitem Correa e Roure.

O mais recente a mudar de ideia foi o Credit Suisse. O banco alterou nesta terça-feira (5) a recdomendação de neutra para compra (outperform). O preço-alvo foi ajustado em 57% e saltou de US$ 9,50 para US$ 15. O banco vê uma combinação de dois principais fatores para sustentar a revisão em sua projeção para a mineradora brasileira.

O primeiro fator é a mudança estrutural positiva sobre as commodities na China como resultado das reformas na oferta e no controle ambiental promovidas pelo presidente da China, Xi Jinping. O segundo ponto é o foco do CEO da Vale, Fabio Schvartsman, em buscar a alocação de capital de maneira mais precisa, com redução de custos e otimização do volume de vendas. Tudo isso resulta em um caso de investimentos promissor para a Vale, explica o relatório.

Para os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha, com esta junção positiva entre as medidas de Xi e Schvartsman, as ações da Vale irão buscar novas máximas.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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