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CESP tem forte geração de caixa, mas toma prejuízo de R$ 18 milhões no 2° tri

30 jul 2021, 7:51 - atualizado em 30 jul 2021, 13:59
Cesp
Forte geração de fluxo de caixa marca o segundo trimestre da geradora paulista de energia elétrica Cesp (Imagem: Divulgação/Cesp)

A CESP (CESP6), Companhia Energética de São Paulo, reportou prejuízo líquido de R$ 18 milhões no segundo trimestre. Em contrapartida, apresentou forte geração de fluxo de caixa no período, ao somar R$ 274 milhões, após o serviço da dívida, com índice de conversão de caixa de 123%.

Em relação aos demais indicadores financeiros, a companhia elétrica apresentou crescimento de receita líquida, totalizando R$ 525 milhões, 8% a mais que no mesmo período do ano passado, em função principalmente das operações de trading de sua unidade comercializadora.

O EBITDA ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 222 milhões, retraiu 23%, reflexo da crise hídrica e efeitos não recorrentes que ocorreram no 2° trimestre de 2020.

O resultado do segundo trimestre de 2021 reflete o desafio hidrológico que se impôs ao país, com as menores vazões desde 1930 e que afeta o setor como um todo.

“A estratégia de gestão do balanço energético da CESP é pautada por um planejamento minucioso com medidas proativas e forte disciplina de execução da comercialização de energia, buscando gerar valor e mitigar o risco hidrológico”, afirma Mario Bertoncini, Diretor Presidente e de Relações com Investidores da CESP.

O que esperar do setor elétrico?

Setor Eletrico
Terceiro trimestre será casaca grosso para as geradoras de energia elétrica, segundo colunista (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Em relação aos setores que compõem a cadeia de energia elétrica, mesmo que diante de uma crise hídrica, seus efeitos ainda não serão fortemente sentidos neste trimestre, comenta o colunista Pedro Serra, Gerente de Research da Ativa Investimentos.

Para as geradoras, estimo maior impacto a partir do terceiro trimestre, justamente quando o período seco no país deve atingir seu auge.

Ademais, como mecanismos como GSF e PLD apresentaram distorções apenas no final deste trimestre, avalio que isso não deve causar grandes perdas às suas demonstrações de resultados atuais.

Para finalizar, dou uma dica para o investidor que busca no setor elétrico robustos dividendos: a crise não deverá causar nenhuma transformação na política de distribuição de proventos de geradoras como Cesp (CESP6), Engie (EGIE3) e AES Brasil (AESB3), mas pode impactar negativamente a distribuição em 2021.

Dividendos: dá pra viver disso?

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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