Tecnologia

Chatbot: Não aguenta mais ligações de cobranças? Um robô pode cuidar disso para você; entenda como funciona

18 maio 2023, 13:30 - atualizado em 18 maio 2023, 13:30
Chatbot
O Chatbot não requer integrações, nem detalhes da dívida em si. (Imagem: Pixabay/bssmadeit)

Uma pesquisa realizada pelo Serasa apontou que, em março, mais de 70,7 milhões de pessoas estavam endividadas. Conforme o estudo, o Brasil acumula cerca de 180 mil novos negativados por mês.

As dívidas, na média, são de R$ 4,6 mil e atingem em maior parte os consumidores entre 26 e 40 anos (34,8%), seguidos imediatamente pela faixa de 41 a 60 anos (34,7%).

Devendo ou não, as ligações de cobranças nunca são desejadas. Com isso em mente, o site Agora Eu Pago desenvolveu um chatbot pessoal. A tecnologia atende os cobradores, anota recados, recebe propostas para acordos de boletos em um único mensageiro, que é semelhante ao WhatsApp.

Edgard Melo, CEO da companhia, diz que por alguns anos, os consumidores se acostumaram a conversar com os chatbots das empresas. E agora, são as empresas que vão conversar com o chatbot dos usuários.

Chatbot: Como funciona?

O executivo explica que a ferramenta é como a de uma clínica médica, onde se envia uma mensagem e recebe como resposta algumas opções de “digite 1 para agendar exames ou 2 para resultados”.

Neste caso, o chatbot irá se identificar dizendo que é o assistente pessoal da pessoa cobrada. Em seguida, o robô irá dizer “tecle 2 para uma proposta de renegociação ou tecle 3 para enviar o código de barras, caso já exista um acordo”.

Aos devedores, Melo pontua que, além da segurança, a adesão simplifica o relacionamento com bancos, lojas e credoras, poupando-os de conversas constrangedoras e levando-os direto ao ponto, já que é o robô quem troca as mensagens iniciais.

“Ao fim do dia, o consumidor acessa o site e vê as propostas que seu chat pessoal coletou. Se interessar, é só
dar sequência na conversa com o funcionário que o procurou, tudo por meio do mensageiro”.

Celular não é documento

O chatbot da Agora Eu Pago permite que as empresas tenham acesso aos consumidores por meio do CPF. Lima explica que o documento é uma informação que bancos e credoras têm em comum sobre os clientes. Além disso, o sistema da companhia não requer integrações, nem detalhes da dívida em si.

“Celular é algo que as pessoas trocam durante a vida toda, mas documento, não. Para as empresas, manter o banco de dados dos consumidores sempre atualizado custa caro e não é assertivo”.

Para utilizar o mensageiro, é necessário ativar o chatbot de recado, com custo de lançamento de R$ 12 ao ano, o usuário paga apenas R$ 1 por mês para os primeiros 200 mil que participarem do teste beta da solução.

A compra do chatbot só pode ser feita via chave Pix pessoal. Assim, se cumpre uma exigência legal de que somente o titular do CPF pode ter acesso a informações privadas, com base na Lei Geral de Privacidade (LGPD).

“Dessa forma, criamos um selo verificador e geramos um QR Code para o pagamento, de modo a validar a conta de origem”, explica Melo.

No site, o consumidor encontra as empresas parceiras. Ao todo, já foram 10 milhões de mensagens enviadas pelo chat atreladas diretamente ao CPF dos consumidores.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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