China acusa EUA de ‘intimidação’ ao pressionar por tarifas sobre compras de petróleo russo

A China acusou os Estados Unidos de “intimidação unilateral” ao pedir aos aliados que imponham tarifas ao país devido à compra de petróleo russo, alimentando as tensões no momento em que autoridades chinesas e norte-americanas se reúnem na Espanha para tentar resolver disputas comerciais.
A China se opõe ao pedido de Washington para que o Grupo dos Sete e os países da Otan imponham tarifas secundárias sobre as importações chinesas devido à compra de petróleo russo, disse o Ministério do Comércio da China na segunda-feira (15), chamando-o de “um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica”.
Nesta segunda, autoridades da China e dos EUA entraram em um segundo dia de negociações em Madri para tentar buscar um terreno comum em questões que incluem tarifas e uma demanda dos EUA para o desinvestimento do TikTok pela proprietária chinesa Bytedance.
- LEIA TAMBÉM: Tenha acesso às recomendações mais valorizadas do mercado sem pagar nada; veja como receber os relatórios semanais do BTG Pactual com o Money Times
Além das tensões entre os dois países, o órgão regulador do mercado da China afirmou que uma investigação preliminar descobriu que a fabricante de chips norte-americana Nvidia havia violado a lei anti monopólio do país.
Os laços comerciais entre as duas maiores economias do mundo azedaram, apesar de uma frágil trégua tarifária alcançada em maio e estendida em agosto que impediu que as taxas tarifárias sobre os produtos da outra parte atingissem níveis de três dígitos.
Mas os negociadores dos dois lados ainda enfrentam temas espinhosos, como as restrições dos EUA às exportações de tecnologia e chips, o apoio da China à Rússia e o que Washington considera esforços insuficientes para conter o fluxo de precursores químicos do fentanil para os EUA.
Em nota, o ministério chinês pediu que os EUA sejam “prudentes em palavras e ações” e resolvam as diferenças por meio de um diálogo igualitário.