China aprova fusão Bunge-Viterra com condições de estabilidade na oferta de grãos

A China aprovou com condições a fusão da Bunge, empresa global de agronegócios, com a Viterra, da Glencore, afirmou nesta segunda-feira o órgão regulador do mercado chinês, eliminando o último obstáculo para o mega-negócio de US$34 bilhões anunciado há dois anos.
A confirmação veio depois que a Bunge anunciou que havia recebido a aprovação regulatória da China na última sexta-feira.
O órgão regulador disse que o aumento da participação de mercado e do controle da empresa resultante da fusão poderia potencialmente reduzir a concorrência nos mercados de soja, cevada e canola importados da China e, portanto, aprovou o acordo com condições.
Sob essas condições, a Bunge e a Viterra se comprometeram com cinco obrigações, incluindo a exigência de informar os volumes de vendas trimestrais aos clientes chineses no prazo de 30 dias após o término de cada trimestre.
Elas também devem manter um suprimento “oportuno, estável, confiável e suficiente” de soja, canola e outros produtos agrícolas, “envidando todos os esforços” para manter isso durante a escassez global de safras.
A aprovação da China foi o último sinal verde regulatório de que a Bunge precisava, após as aprovações condicionais do Canadá, da União Europeia e de outros mercados nos últimos meses.
O acordo criará uma gigante global de comércio e processamento de safras, rivalizando com a Archer-Daniels-Midland e a Cargill, embora as preocupações com a concorrência e o escrutínio regulatório tenham atrasado o fechamento em quase um ano.