Internacional

China avança em corrida tecnológica contra EUA, segundo dados

21 jan 2020, 14:28 - atualizado em 21 jan 2020, 14:28
Indústria China Ásia
Os EUA perderam uma posição e agora estão em 9º lugar na lista das economias mais inovadoras do mundo (Imagem: Reuters/Thomas Peter)

O temor dos Estados Unidos de perder vantagem tecnológica em relação à China ajudou a alimentar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. E os dados mais recentes do índice global de inovação mostram que a preocupação não é infundada: a diferença está menor do que nunca.

Os EUA perderam uma posição e agora estão em 9º lugar na lista das economias mais inovadoras do mundo, dando continuidade à queda gradual depois de ocupar o topo do ranking quando o índice foi publicado pela primeira vez em 2013.

A China estava na 29ª posição naquela época, mas está subindo desde então e avançou mais um degrau, para a 15ª este ano.

Havia pontos positivos no índice para os EUA, que continua sendo o líder mundial em atividade de patentes e densidade de alta tecnologia.

Mas, em educação, os EUA caíram quatro posições, para o 47º lugar. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes da OCDE, ou PISA na sigla em inglês, mostram que as pontuações dos EUA não melhoraram na última década – ou nos últimos 30 anos, no caso de estudantes de baixo desempenho.

Apenas 8% dos estudantes norte-americanos obtiveram o melhor nível de matemática, em comparação com 44% nas áreas costeiras da China.

Os EUA também têm taxas mais baixas de graduação e uma parcela menor de graduados em ciências e engenharia do que a maioria de seus pares do Grupo dos Sete. Enquanto isso, a China dobrou o número de profissionais (incluindo estudantes de doutorado) em pesquisa e desenvolvimento para 4 milhões na última década: 10 vezes o aumento alcançado nos EUA.

Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, e muitos congressistas do país acusem a China de roubar direitos autorais intelectuais para diminuir a brecha tecnológica, os números sugerem que isso também acontece de outras maneiras.

“Sem investimentos em educação e pesquisa, as tarifas comerciais não manterão a vantagem econômica da América”, disse Tom Orlik, economista-chefe da Bloomberg Economics.

O Índice de Inovação Bloomberg classifica os países em uma escala de 0 a 100, usando dezenas de critérios em sete categorias que incluem gastos com pesquisa e desenvolvimento, capacidade de fabricação e concentração de empresas de alta tecnologia com capital aberto.

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