Guerra Comercial

China e Asean, afetadas por tarifas dos EUA, assinam acordo de livre comércio atualizado

28 out 2025, 6:12 - atualizado em 28 out 2025, 5:55
china xi jinping
Xi Jinping fortalece acordo com países da Asean, seu maior parceiro comercial (Imagem: Reuters/Divulgação)

O bloco Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e a China assinaram nesta terça-feira (28) uma versão atualizada de seu acordo de livre comércio, que inclui seções sobre economia digital, economia verde e outras novas indústrias, informou o Ministério do Comércio da China.

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A Associação das Nações do Sudeste Asiático, composta por 11 membros, é o maior parceiro comercial da China, com o comércio bilateral totalizando US$ 771 bilhões no ano passado, segundo estatísticas da própria Asean.

A China busca intensificar seu engajamento com a Asean, uma região que possui um produto interno bruto (PIB) coletivo de US$ 3,8 trilhões, como forma de contrabalançar as pesadas tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a países de todo o mundo.

O acordo atualizado “reflete plenamente o solene compromisso de ambas as partes de apoiar conjuntamente o multilateralismo e o livre comércio”, afirmou o Ministério do Comércio da China em comunicado.

Pequim tem procurado se posicionar como uma economia mais aberta, apesar das críticas de outras grandes potências quanto à sua expansão nas restrições de exportação de terras raras e outros minerais críticos.

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Acesso de mercado aprimorado

A chamada versão 3.0 do acordo de livre comércio entre China e Asean foi assinada durante uma cúpula de líderes do bloco na Malásia, que contou com a presença de Trump no domingo, no início de sua viagem pela Ásia.

As negociações sobre a atualização do acordo começaram em novembro de 2022 e foram concluídas em maio deste ano, logo após o início da ofensiva tarifária de Trump. O primeiro acordo de livre comércio entre as partes entrou em vigor em 2010.

A China já havia afirmado que o novo acordo abriria caminho para um melhor acesso a mercados em setores como agricultura, economia digital e farmacêutico entre China e Asean.

Tanto a China quanto a Asean fazem parte da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP), o maior bloco comercial do mundo, que abrange quase um terço da população global e cerca de 30% do PIB mundial. A Malásia sediou na segunda-feira, em Kuala Lumpur, uma cúpula da RCEP, a primeira em cinco anos.

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O bloco é visto por alguns analistas como um possível amortecedor contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos, embora suas disposições sejam consideradas mais fracas do que as de outros acordos regionais de comércio, devido às diferenças de interesses entre seus membros.

Trégua na guerra comercial

A China está envolvida em uma guerra comercial crescente com os Estados Unidos desde que Trump assumiu o cargo em janeiro e impôs tarifas elevadas sobre produtos chineses.

Pequim classificou as tarifas de Trump, que atingiram a maioria dos países, como protecionistas, enquanto ampliava seu controle sobre o fluxo de minerais críticos e ímãs. A China processa mais de 90% das terras raras do mundo.

As duas maiores economias do planeta prorrogaram uma trégua comercial após negociadores se reunirem em Kuala Lumpur no fim de semana, preparando um acordo para que Trump e o presidente chinês Xi Jinping decidam os próximos passos nesta semana, durante encontro em Seul.

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Desde que Trump deixou a Malásia na manhã desta segunda-feira (27), a China tem pressionado por maior cooperação econômica regional, enfatizando a importância do comércio aberto.

“O mundo não deve retroceder à lei da selva, onde os fortes se aproveitam dos fracos”, disse o primeiro-ministro chinês Li Qiang, na segunda-feira, durante o Fórum Regional da Cúpula do Leste Asiático.

“Devemos defender com mais firmeza o regime de livre comércio, criar uma rede regional de livre comércio de alto padrão e avançar vigorosamente e de forma eficaz na integração regional”.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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