Commodities

China em queda, corte de juros nos EUA e petróleo menor ainda passam a conta às commodities agro

16 mar 2020, 8:56 - atualizado em 16 mar 2020, 9:00
Café Grãos Commodities Agronegócio
Café sente o risco global se abatendo sobre o consumo com a movimentação menor de pessoas (Imagem: Unsplash/@kittinskie)

Na soma do recuo da atividade industrial chinesa no primeiro bimestre, a derrapagem das bolsas asiáticas nesta segunda (16), a expectativa de replicação nos mercados financeiros do Ocidente e o corte emergencial de juros nos Estados Unidos, o petróleo cede mais ainda (10,5%, a US$ 30,26 o barril em Londres) e as commodities agrícolas abrem a semana sentindo novas perdas.

O fator China é o principal. O recuo de indústria aos níveis de 30 anos reacende o temor de que a possibilidade de reaceleração da economia seja mais dificultada, em caso de confirmação de recuo da disseminação do covid-19 no país.

O consumo interno pode segurar importações, enquanto também o baque global inibe a capacidade exportadora do país, igualmente dificultando a circulação de recursos na economia. O fundamento de que a China precisaria a voltar a comprar a soja americana – impulsionando as cotações – não se concretizou.

A oleaginosa cedeu mais de 1,25% no contrato maio na sexta na bolsa de Chicago (CBOT), vencimento que agora (8h45, Brasília) recua próximo de 1%, a US$ 8,41 o bushel. O milho também perde 1,13%, estando em US$ 3,60.

O açúcar adiciona perdas severas, de quase 4,5% igualmente no vencimento maio.

O algodão também enfrenta a mesma resistência, já que as empresas chinesas são grandes demandantes, e recua 3,39% para entrega no mês cinco.

Outras commodities vão no arrasto da aversão ao risco global, com especuladores desfazendo suas posições, e também sofrem com a previsão de menor consumo. A movimentação de pessoas e empresas fechadas ou abertas com restrições, entre os quais bares e restaurantes, devem cortar negócios. O café, por exemplo, é um desses setores sob alerta, perdendo mais de 2,25% na ICE Futures (Nova York) no maio.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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