Commodities

China estuda aumentar reservas estatais de petróleo

11 mar 2020, 11:43 - atualizado em 11 mar 2020, 11:43
Petróleo Commodities
Neste momento, as compras da China poderiam ajudar a reduzir a grande quantidade de petróleo prestes a inundar o mercado global (Imagem: Reuters/Essam Al-Sudani)

Com a queda histórica do preço do petróleo, o governo chinês avalia elevar as compras da commodity para as reservas estatais, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

As principais autoridades de planejamento têm consultado agências governamentais chinesas e estatais de energia sobre a possibilidade de reforçar os estoques estratégicos do país com petróleo barato, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. Pequim ainda não decidiu se vai tomar a medida, segundo as fontes.

Neste momento, as compras da China poderiam ajudar a reduzir a grande quantidade de petróleo prestes a inundar o mercado global diante da guerra de preços entre os maiores produtores globais.

As deliberações de Pequim também ressoarão em Washington, onde alguns lobistas do setor de petróleo insistem que o governo Donald Trump aumente os estoques estatais e ajude produtores de petróleo do país.

Não houve retorno às perguntas enviadas por fax à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China ou à Administração Nacional de Energia.

Ao contrário dos EUA, onde dados sobre a reserva estratégica de petróleo do país é atualizada publicamente e regularmente, os estoques estatais da China são um mistério.

O governo geralmente mantém segredo sobre seu tesouro, e operadores precisam buscar pistas sobre o volume estocado e quando o país planeja comprar.

O mercado teve uma ideia sobre esses dados em dezembro, quando a estatal China National Petroleum disse em comunicado no site da empresa que o governo pretendia aumentar a capacidade das reservas estratégicas de petróleo para 503 milhões de barris até o fim deste ano, um indicador da quantidade máxima que o governo pode armazenar.

Atualmente, os EUA detêm cerca de 635 milhões de barris em estoques estratégicos, de acordo dados do governo.

Preços

Alguns operadores questionam se a volatilidade das cotações do petróleo, perto do maior nível já registrado segundo um indicador, complicará os planos de aumentar as reservas.

Os preços oscilam vertiginosamente em meio à batalha da Arábia Saudita e da Rússia por participação de mercado, depois que o colapso da coalizão da Opep+ na semana passada liberou a produção.

Os sauditas reduziram os preços oficiais e se comprometeram a fornecer um recorde de 12,3 milhões de barris por dia em abril, 25% a mais do que a produção do mês anterior.

Moscou respondeu dizendo que tem a capacidade de aumentar a produção em 500 mil barris por dia.

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