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China facilita financiamento offshore para bancos estrangeiros

27 maio 2021, 9:25 - atualizado em 27 maio 2021, 9:25
BC da China em Pequim
Os bancos qualificados receberão uma cota inicial de 10 bilhões de yuans, disseram as pessoas (Imagem: REUTERS/Jason Lee/File Photo)

O banco central da China elevou o limite para empréstimos no exterior para pequenos bancos e instituições estrangeiras que operam no país, medida que deve aliviar o déficit de financiamento e impulsionar planos de expansão de empresas como o HSBC.

O limite de financiamento no exterior foi ampliado esta semana depois que o Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) elevou o índice de alavancagem de 0,8 para 2 para instituições com capital inferior a 100 bilhões de yuans (US$ 15,6 bilhões), disseram pessoas a par da decisão, que não quiseram ser identificadas.

Os bancos qualificados receberão uma cota inicial de 10 bilhões de yuans, disseram as pessoas.

O presidente do banco central chinês, Yi Gang, se reuniu na segunda-feira com representantes de instituições estrangeiras para discutir suas necessidades de negócios e desenvolvimento na China. Facilitar os empréstimos offshore ajudará bancos como HSBC e JPMorgan Chase, já que suas operações locais são afetadas por redes de agências e acesso a depósitos limitados.

O PBOC não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Os mercados financeiros da China atraem as maiores instituições financeiras do mundo com bilhões de lucros em jogo, desde bancos de investimento até gestão de patrimônio.

HSBC, Standard Chartered e Citigroup se tornaram os primeiros bancos estrangeiros autorizados a estabelecer subsidiárias incorporadas localmente na China por volta de 2007.

O governo de Pequim continuou a flexibilizar as regras para empresas estrangeiras na década seguinte, incluindo a suspensão de um limite de US$ 10 bilhões para estabelecer unidades locais.

HSBC, Standard Chartered e Citigroup se tornaram os primeiros bancos estrangeiros autorizados a estabelecer subsidiárias incorporadas localmente na China por volta de 2007 (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Ainda assim, os bancos enfrentam forte concorrência de instituições domésticas, especialmente em crédito ao consumidor e no recrutamento de talentos, o que torna a expansão na China um desafio.

A alta exigência de capital, financiamento limitado e exigências regulatórias também se mostraram onerosas.

O Citigroup anunciou no mês passado que pretende deixar a operação de varejo na China e em 12 outros mercados, dizendo que não tem a escala necessária para competir.

No geral, bancos internacionais tinham participação de 1,2% dos ativos em 2020 na maior economia da Ásia, em comparação com 1,8% em 2010, segundo dados da McKinsey & Co.

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