AgroTimes

China pode colocar “pé no freio” nas compras de soja do Brasil mesmo após zerar embarques dos EUA

21 out 2025, 15:48 - atualizado em 21 out 2025, 15:58
Soja grãos china trump (1)
(iStock.com/fotokostic)

A China não adquiriu volumes de soja dos EUA em setembro pela primeira vez desde novembro de 2018, segundo dados alfandegários do país. O movimento fez crescer o apetite chinês pela oleaginosa brasileira e da Argentina no mês, com avanço de 58% e 356%, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse é um dos fatores que devem fazer com o Brasil atinja 109 milhões de toneladas de soja exportadas em 2025, acima do recorde de 101,8 milhões de toneladas em 2023. De janeiro a setembro, as exportações para China totalizaram 72,7 milhões de toneladas, 11% acima que o mesmo período de 2024.

No entanto, para Luiz Fernando Gutierrez, coordenador de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, a China pode “tirar o pé das compras” do grão do Brasil nas últimas semanas do ano e início de 2026. 

“O preço da soja do Brasil hoje está elevado frente a outras origens como Estados Unidos e Argentina, por conta do prêmio elevado que temos por aqui. Isso pode mexer um pouco com o fluxo. Se compararmos Brasil, EUA e Argentina, temos os preços mais caros, algo sazonal, mas um pouco acima do normal, até por conta dessa demanda mais forte. Tudo depende de um acordo comercial entre EUA e China“.

Por volta de 15h12, o preço do soja (novembro de 2025) em Chicago recuava 0,17%, em US$ 10,30. Apesar do leve recuo, vale lembrar que a commodity negociava em torno de US$ 10,07 e 10,08 por bushel. No acumulado de outubro até segunda (20), o indicador da soja Cepea/Esalq da soja Paranaguá recuou 3,67%, em R$ 138,52 pela saca de 60 kg.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um fator que coloca pressão nos preços é o clima na América do Sul, que ainda não trouxe grandes impactos, apesar de um atraso pontual do plantio no Brasil. 

No curto prazo, o coordenador na Hedgepoint Global Markets vê uma tendência lateralizada. “Não diria que existe uma tendência negativa para os preços”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar