Guerra Comercial

China rebate ameaças tarifárias dos EUA após acusações de Trump sobre origem do vírus

06 maio 2020, 9:21 - atualizado em 06 maio 2020, 9:49
China Hua Chunying
O que os EUA fizeram nos últimos meses? Como permitiram que o surto se desenvolvesse ao estágio de hoje?, indaga a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China (Imagem: Reuters/Jason Lee)

A China disse nesta quarta-feira que as tarifas não devem ser usadas como arma depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor mais taxas em retaliação pela abordagem chinesa diante do novo coronavírus

As tarifas, em geral, afetam todas as partes envolvidas, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, a repórteres durante um briefing diário.

“Portanto, os Estados Unidos devem parar de pensar que podem usar tarifas como arma e um grande bastão para coagir outros países”, disse ela.

Trump disse na sexta-feira que elevar as tarifas sobre a China é “certamente uma opção”, uma vez que avalia maneiras de retaliar contra a pandemia de coronavírus.

O novo vírus surgiu na cidade de Wuhan, no centro da China, no final do ano passado, e se espalhou pelo mundo, infectando cerca de 3,6 milhões de pessoas e matando mais de 255 mil, segundo contagem da Reuters.

Hua pediu aos Estados Unidos que não tentem desviar a atenção de sua própria má administração da epidemia de coronavírus, colocando a culpa na China.

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EUA querem retaliar a China, pois acreditam que o país é o causador da pandemia (Imagem: Reuters/Jason Lee)

“O que os EUA fizeram nos últimos meses? Como permitiram que o surto se desenvolvesse ao estágio de hoje? É assim que um governo deve ser responsável perante o seu povo?” perguntou.

“A tarefa mais urgente é controlar o surto nos EUA e salvar o maior número possível de vidas. Salvar vidas deve ter precedência sobre o próprio interesse político”, disse ela.

Hua disse que as acusações de que a China espalhou deliberadamente o vírus, como especularam algumas autoridades norte-americanas, não têm fundamento.

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reuters@moneytimes.com.br
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