Internacional

China terá forte demanda de carne até fim de 2020, diz frigorífico uruguaio

10 set 2019, 14:29 - atualizado em 10 set 2019, 14:29
Carnes
Os embarques de carne bovina do Uruguai alcançaram, em média, US$ 3.717 a tonelada, em equivalente carcaça, durante os primeiros oito meses de 2019, acima dos US$ 3.570 no mesmo período do ano passado (Imagem: Reuters)

A China deve continuar comprando carne uruguaia até o fim de 2020, enquanto o país asiático tenta amenizar o impacto da peste suína africana, segundo o Frigorifico Las Piedras, maior processador de carne independente do Uruguai.

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“Teve um grande impacto”, disse Alberto González, diretor da empresa de controle familiar, fazendo referência ao vírus. “Vemos a China muito ativa” no mercado de carnes, disse.

A propagação da peste suína africana tem causado mudanças de longo prazo no setor global de proteínas, disseram recentemente executivos das gigantes JBS e BRF. A doença dizimou plantéis de suínos na China, o maior consumidor mundial de carne de porco. Com isso, o país foi obrigado a aumentar as importações de carne em um momento em que a demanda global por proteínas também está em alta. O movimento ajuda a aumentar preços e lucros para fornecedores da América do Sul.

Os embarques de carne bovina do Uruguai alcançaram, em média, US$ 3.717 a tonelada, em equivalente carcaça, durante os primeiros oito meses de 2019, acima dos US$ 3.570 no mesmo período do ano passado, segundo a agência nacional de carnes Inac. A China comprou quase dois terços das exportações de carne bovina do Uruguai durante esse período: dados do governo mostram que as compras subiram 33% em relação ao ano anterior, para 198.167 toneladas.

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A Argentina agora é uma grande concorrente na Europa, Israel e, em menor grau, na China, graças à forte desvalorização do peso desde o início da crise econômica em abril de 2018. Frigoríficos uruguaios, que pagam 77% mais pelo gado do que seus concorrentes argentinos, têm sacrificado margens e lucratividade para poder competir, disse González.

“Hoje, o Uruguai é o país exportador de carne mais caro do mundo – estamos à frente da UE, EUA e Austrália”, disse em entrevista no frigorífico da empresa nos arredores da cidade de Las Piedras, na província de Canelones.

As novas carnes cultivadas em laboratório e a mania em torno das proteínas vegetais significam que o Uruguai deve se esforçar ao máximo para produzir carne premium rastreável, livre de hormônios e de gado criado em pastagens para os amantes da carne, disse González.

“O Uruguai não pode entrar no jogo do volume. É preciso jogar nesses nichos de qualidade”, afirmou.

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González está tão convencido de que a carne bovina tem um futuro promissor que o Frigorifico Las Piedras está investindo US$ 5 milhões em uma nova linha de produção, que fornecerá cortes de carne bovina embalada para os mercados doméstico e internacional a partir do próximo trimestre.

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