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China turbina compras de soja brasileira em meio a guerra comercial; Santander destaca ação que pode se beneficiar

10 abr 2025, 12:46 - atualizado em 10 abr 2025, 12:46
Soja-china-Brasil dólar
(Imagem: iStock - kool99)

O agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos já faz a China se movimentar no mercado global. Na primeira metade desta semana, as esmagadoras de soja chinesas adquiriram cerca de 2,4 milhões de toneladas do Brasil.

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A quantidade representa quase um terço do volume médio que a China normalmente esmaga em um mês. Segundo a Bloomberg, os importadores chineses reservaram os suprimentos para tirar proveito de uma recente queda nos preços brasileiros, que haviam subido nos meses anteriores com o agravamento das tensões internacionais.

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O Brasil já é o maior fornecedor de soja do país asiático, mas a commodity ainda é o principal produto de exportação agrícola dos EUA para a China. A maior parte do produto americano costuma ser adquirido no segundo semestre, já que o começo de ano é mais favorável para o mercado sul-americano.

As remessas adquiridas do Brasil são, em sua maioria, para entrega em maio, junho e julho. Apesar de consumir mais soja brasileira que americana neste período do ano, a onda de compras desta semana foi excepcionalmente grande e rápida, segundo fontes da Bloomberg.

Os compradores chineses evitaram em grande parte os grãos dos EUA nos últimos meses devido à guerra comercial, mas o armazenador estatal da China ainda fez compras dos americanos para abastecer as reservas e apressou as cargas antes da posse de Donald Trump em janeiro.

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A soja brasileira pode ficar mais cara se as tensões entre os EUA e a China continuarem elevadas, com uma possível escassez de suprimentos no final do ano, quando a China normalmente recorre aos suprimentos da nova safra dos EUA.

Santander vê ações da SLC Agrícola (SLCE3) se beneficiando

Para o Santander, as tarifas atuais podem gerar um prejuízo de US$ 6,5 bilhões para os agricultores americanos em milho, soja e trigo. A grande questão em risco é a perda de uma ampla demanda, já que a China responde por 23% das exportações de soja dos EUA..

Analistas do banco estimam que o custo de produção nos EUA pode aumentar em um dígito médio, considerando o repasse integral das tarifas sobre 70% dos custos dos produtos químicos, que poderia empurrar os produtores ao prejuízo bilionário.

Neste cenário, a SLC Agricola (SLCE3) aparece como uma das empresas brasileiras que podem se beneficiar, absorvendo parte dessa nova demanda do mercado chinês. O Santander reiterou a recomendação de compra para as ações da empresa.

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O banco define o preço-alvo de R$ 25 para a SLC, que representa potencial de valorização de 34% ante o fechamento desta quarta-feira (9).

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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