China vai abrir diálogo com indústria automotiva para evitar escassez de chips, diz Alckmin; Anfavea celebra
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, relatou ao governo brasileiro que Pequim vai abrir canais de diálogo com a indústria automotiva do Brasil para evitar o desabastecimento de chips necessários à produção de carros no país, disse o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, neste sábado (1º).
“Seguindo as orientações do presidente @LulaOficial, vamos seguir o caminho do diálogo com nossos parceiros, gerando emprego, renda e oportunidades compartilhadas”, disse Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na rede social X.
Boa notícia. O embaixador da China no Brasil, Zhu Quingqiao, acaba de nos informar que o governo chinês vai abrir canais de diálogo com o setor automotivo brasileiro, no sentido de evitar o desabastecimento de chips necessários à produção de carros no Brasil. A cadeia automotiva…
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) November 1, 2025
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Relembre os gargalos da indústria automotiva
O risco para a oferta de chips ocorreu após o governo da Holanda ter tomado, em outubro, o controle da Nexperia, subsidiária da fabricante de semicondutores chinesa Wingtech.
Como resposta, a China bloqueou as exportações dos chips vendidos pela empresa, gerando a interrupção do fornecimento de semicondutores da Nexperia às empresas da cadeia de autopeças no Brasil.
Em nota separada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou a abertura de diálogo com a China “para liberar as exportações de semicondutores ao Brasil”.
Segundo a Anfavea, o governo chinês concordou em analisar a concessão de autorização especial às empresas brasileiras que estiverem com dificuldades para importar os chips.
A medida abre caminho para o fim do embargo às importações de semicondutores da Nexperia que poderia levar ao desabastecimento dos fornecedores de autopeças no país e à consequente paralisação da indústria automotiva, disse a Anfavea.
As empresas brasileiras poderão solicitar exceção ao embargo por meio da embaixada ou diretamente com o Ministério do Comércio da China. A China concederia a licença para importação a partir da análise de cada caso, segundo a Anfavea.