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China vai cobrar tarifas mais altas sobre importações de carne suína em 2022

15 dez 2021, 9:04 - atualizado em 15 dez 2021, 9:04
Carne de porco
As tarifas para as nações mais favorecidas voltarão a 12% em 1º de janeiro, ante 8% atualmente, de acordo com um comunicado do ministério (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

A China aumentará as tarifas de importação sobre a maioria dos produtos de carne suína no próximo ano, disse o Ministério das Finanças nesta quarta-feira, depois que o maior produtor mundial rapidamente expandiu a produção doméstica e reduziu suas necessidades de importação.

As tarifas para as nações mais favorecidas voltarão a 12% em 1º de janeiro, ante 8% atualmente, de acordo com um comunicado do ministério.

A China reduziu suas tarifas sobre a carne de porco congelada em 2020 de 12% para 8%, enquanto o país enfrentava o aumento dos preços domésticos da carne na sequência de um surto de doença devastador.

As importações atingiram um recorde e permaneceram em níveis elevados durante o primeiro semestre do ano, mesmo com a recuperação do rebanho suíno e os preços caindo abaixo do custo de produção no terceiro trimestre.

“Ajustar as taxas em tempo hábil pode ajudar a garantir o abastecimento e a estabilizar os preços no mercado doméstico, usando razoavelmente o mercado internacional”, disse Zhu Zengyong, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas.

As taxas mais altas reduzirão ainda mais as importações dos principais exportadores, como Estados Unidos e Espanha, que já caíram acentuadamente nos últimos meses.

A China também é o maior importador da carne suína do Brasil, que enviou para o país asiático cerca de metade das suas exportações totais de janeiro a novembro.

“Qualquer aumento de impostos torna-o mais desafiador para os exportadores”, disse Joel Haggard, vice-presidente sênior para Ásia-Pacífico da Federação de Exportação de Carne dos EUA.

As chegadas de carne suína em outubro caíram 40% com relação ao ano anterior, para 200.000 toneladas, embora as importações no ano até agora tenham caído apenas 8% em relação ao ano anterior, para 3,34 milhões de toneladas, de acordo com dados alfandegários.

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