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Chocolate ficou caro e sumiu? Cacau em crise perde 50% dos preços e não tem nada com isso

23 jun 2022, 14:14 - atualizado em 23 jun 2022, 14:30
Produção de cacau em Medicilândia
Cacaueiro familiar sofre com preços baixos da amêndoa (Imagem: REUTERS/Marcelo Texeira)

Do início de maio a hoje, o cacau saiu da casa dos US$ 2,7 mil a tonelada para os US$ 2,370 mil cotado nesta quinta (23) em Nova York. Na comparação anual, o tombo para o cacaueiro chegou entre 40% e 50%.

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Enquanto o produtor fica “incapacitado, com produção inviável”, lembra o trader e analista Adilson Reis, os preços mais elevados dos chocolates, que estariam ‘fugindo’ dos supermercados atualmente, segundo o Estadão Conteúdo, são resquícios de 2021.

Outro parêntese: e não só da matéria-prima mais cara o ano passado, mas porque os “chocolateiros também compraram dos processadores a preços bem mais altos”. Por @, Reis calcula em perda de R$ 100 de um ano para outro na porta das propriedades, a maior parte de agricultura familiar na Bahia.

Em linha, a amêndoa e, mais ainda, a manteiga, o licor e o pó de 2021 estão sendo repassados agora, “pegando uma população sem renda”.

“Os contratos são de longo prazo, fixados antecipadamente”, explica o analista, também CEO e editor do site Mercado do Cacau.

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Como os volumes adquiridos foram grandes, inclusive os importados, e o consumo não anda há uma sobra na praça.

Daí, Nova York despenca, anulando totalmente o viés de alta que deveria estar tendo com produção global menor, em torno de 6%, incluindo a brasileira em “crise severa”.

Crise ampliada pelos preços dos insumos necessários à produção, no qual da relação de troca se aguenta ainda inviável aos cacaueiros baianos e paraenses, entre as principais regiões produtoras brasileiras.

Ganha-se menos e gasta-se mais para produzir.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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