Agronegócio

Chuvas aliviam oferta de boi em Rondônia, mas exportação da JBS à China pode enxugar novamente

19 nov 2019, 14:43 - atualizado em 19 nov 2019, 15:25
Boi gordo em /rondônia padece do mesmo problema no Brasil: falta de animais de reposição

A confusão que tomou conta do mercado do boi gordo no Brasil nos últimos 10 dias, mas com pico desde ontem (18), com analistas e produtores vendo falta total de animal nas próximas semanas e, inclusive, paralisação de plantas, ao menos deu uma aliviada em Rondônia. Mas pode durar pouco, desde que a planta JBS (JBSS3)de Vilhena, recém-habilitada para a China, comece a enxugar mais a boiada local.

Sérgio Ferreira, comprador do Marfrig (MRFG3)de Ji-Paraná sentiu melhora na oferta nos últimos dias de animais, já que as chuvas vieram mais cedo e melhoraram as condições de pastagens. E ele fechou uma semana de escala de abates.

Neste terça, o balcão do Marfrig ficou aberto a R$ 175,00, com 30 dias, para descontar Funrural. Quase R$ 10,00 de alta no mês.

“Mas é possível, sim, que o JBS de Rondônia exportando China, haja um encurtamento da disponibilidade”, arrisca Ferreira, também presidente da Associação Rural de Rondônia.

A unidade do Marfrig de Ji-Paraná mata até 850 cabeças/dia e está com capacidade total em utilização. A outra planta do grupo no estado fica em Chupinguaia. Tirando também o JBS, Rondônia tem outros 13 frigoríficos menores operando, que, segundo Sérgio Ferreira, estavam brigando pela matéria-prima.

“Na verdade, acho preocupante esse mercado, o pessoal se preocupa muito com o valor da venda e esquece do valor da reposição, e é óbvio que uma coisa acompanha a outra”, alerta ele.

Como hoje a maioria vende o boi para depois ir atrás da reposição, ou seja, poucos estariam comprando antecipadamente o animal que vai virar boi gordo amanhã, o cenário de boiada curta veio para ficar.

“Reposição aqui no estado virou mosca branca”, complementa Ferreira.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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