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Cielo (CIEL3) atingiu o pico? Veja o que analistas acham da ação que sobe mais de 150% no ano

08 out 2022, 9:00 - atualizado em 08 out 2022, 1:52
Cielo
Cielo deve reportar mais resultados positivos (Imagem: Facebook/Cielo)

As ações da Cielo (CIEL3) lideram as altas do Ibovespa em 2022. A empresa garantiu um avanço de 151,12% na Bolsa, com parte do desempenho refletindo resultados que surpreenderam o mercado e perspectivas igualmente animadoras para os próximos balanços.

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Segundo o BTG Pactual, considerando os dados divulgados pelo Banco Central (BC) referentes a julho, a Cielo iniciou bem o terceiro trimestre do ano.

“Os valores reportados foram fortes, com lucro líquido de R$ 163 milhões (+25% mês a mês e +170% ano a ano)”, destaca o banco, em relatório divulgado na semana.

Multiplicando três vezes o lucro líquido de julho para representar o terceiro trimestre completo, o valor seria de R$ 488 milhões, 16% superior às expectativas do BTG e 31% acima do consenso.

“Apesar de esperarmos uma desaceleração do lucro líquido em agosto/setembro, os números de julho nos deixam confiantes de que a Cielo apresentará resultados sólidos no terceiro trimestre”, afirma o BTG.

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A instituição trabalha com a expectativa de que o lucro da empresa no terceiro trimestre superará os R$ 400 milhões.

Melhor investimento do ano

A Mantaro Capital pode dizer sem hesitar que a Cielo, presente no portfólio da gestora, está sendo seu melhor investimento no ano.

O gestor da casa, Pedro Gonzaga, conta que a Mantaro investiu na companhia no início de 2022, quando o papel estava próximo das mínimas.

A Cielo acumula uma forte valorização de 151% na Bolsa em 2022 – disparado, o melhor desempenho dentre todas as ações que compõem o Ibovespa.

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Gonzaga defende que a alta é mais do que justificada.

“O ponto de partida era um preço deprimido”, conta o gestor.

Como boa parte do mercado, Gonzaga avalia que os resultados conseguiram surpreender para melhor. A maior surpresa veio, no entanto, pelo negócio de adquirência.

“O que muitos achavam era que a adquirência caminhava para extinguir lucros da indústria, mas se mostrou mais resistente”, explica.

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Gonzaga também chama atenção para a qualidade do negócio Cateno.

“Gera muito caixa e resultado. É bem protegido. Vem de receita com transações de cartões de crédito”, destaca.

Desconsiderando a MerchantE, cuja alienação foi concluída em abril, as operações “Cielo + Cateno” responderam por um crescimento de 33,7% ano a ano em receita operacional líquida no segundo trimestre de 2022.

Em relação aos próximos resultados, o gestor da Mantaro projeta a manutenção da trajetória positiva para os negócios de adquirência da Cielo, embora não com expansão tão forte. A Cateno deve apresentar evolução gradual, com volumes crescentes e “algumas expansões de margens”, avalia.

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Henrique Tavares, analista da DVInvest, afirma que as perspectivas até o fim do ano, quando comparadas com 2021, são positivas – o que deve se refletir diretamente nas ações.

Tavares comenta que a Cielo foi uma das empresas que mais sentiram com a queda do fluxo de pessoas nas ruas durante os períodos de restrições de deslocamento por conta da pandemia de Covid-19.

“Com relação aos resultados, a expectativa volta a ser positiva, uma vez que o que prejudicou muito a empresa foram as políticas mais restritivas [contra a Covid]. À medida que a gente vê o consumo físico ganhando tração de novo, a Cielo volta a ter resultados melhores”, explica o especialista.

Sobre a canibalização do Pix no setor de meios de pagamento, Tavares ressalta que, apesar de haver um avanço acelerado da ferramenta lançada pelo Banco Central (BC) em 2020, o Brasil ainda conta com uma parcela considerável da população desbancarizada.

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“Acreditar que a gente vai pular um degrau direto para o Pix, de meios de pagamento que não dependem de maquininha, […] parece fora da nossa realidade”, comenta.

“Ainda tem muito espaço para operadoras crescerem”, completa o analista.

CIEL3 avança 151% em 2022… Ação sobe mais?

Agentes do mercado ainda veem espaço para a ação da Cielo subir, mesmo após disparar mais de 150% na Bolsa nos últimos meses.

Cielo
Analistas tem recomendação de compra para CIEL3 (Imagem: Facebook/Cielo)

Gonzaga, da Mantaro, avalia que o múltiplo de valuation do papel ainda parece deprimido.

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As pessoas acham que a ação não tem muito mais a valorizar, mas não olham para relação preço-lucro (P/L) da empresa”, diz o gestor.

O BTG também tem a percepção de que a ação da Cielo continua descontada. Mais do que isso, o banco acredita que a combinação de um valuation barato, bom momentum operacional e baixa correlação com os ruídos políticos no Brasil faz da Cielo “uma boa oportunidade de investimento”.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7 para o ativo.

O Bank of America (BofA), que recentemente elevou o rating da Cielo a compra e o preço-alvo a R$ 7,40, ressalta que o momento atual de fortes resultados, somado ao valuation descontado, deve suportar uma continuidade do desempenho superior da ação no ano.

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Dalton Vieira, head e analista técnico da DVInvest, explica que o mercado pode ter três ou quatro meses de movimentação para baixo da ação da Cielo. Sustentando-se na região de R$ 3,80-4, a expectativa maior é de que e ação busque patamar de preço mais alto.

“Para decisões de médio prazo, focando em ficar posicionado de 3-10 meses, movimentações para baixo do preço desse ativo tendem a trazer oportunidades de compra, justamente na expectativa de que ela pode atingir valores acima”, reforça.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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