Saúde

Cientistas trabalham em teste de vírus mais ágil por menos de US$ 11

25 mar 2020, 15:44 - atualizado em 25 mar 2020, 15:44
Máscaras Coronavírus
Embora testes individuais da AIEA possam chegar a 15 euros por pessoa, os países precisarão de laboratórios para processar os resultados (Imagem: Makoto Lin/Governo de Taiwan)

Cientistas nucleares na Áustria estão cada vez mais próximos de um novo kit de teste de coronavírus que poderia reduzir drasticamente o custo e o tempo necessário para diagnosticar a doença.

Diante da falta de testes para o Covid-19 em muitos lugares, algumas pessoas recorrem a laboratórios particulares que podem detectar o patógeno geneticamente. Esse processo, chamado reação em cadeia da polimerase da transcrição reversa, ou RT-PCR, pode custar até US$ 400 em algumas clínicas privadas.

Mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) espera poder produzir testes para o Covid-19 por apenas 10 euros (US$ 10,83) e que podem oferecer diagnóstico em poucas horas, disse um porta-voz, segundo o qual os kits da AIEA estão a ponto de serem exportados.

Embora testes individuais da AIEA possam chegar a 15 euros por pessoa, os países precisarão de laboratórios para processar os resultados. Um centro construído a partir do zero pode custar até 100 mil euros, segundo a agência.

O laboratório da AIEA, nos arredores de Viena, já havia desenvolvido kits de teste para o ebola, zika e peste suína africana. No início do mês, 14 países da África, Ásia e América Latina pediram aos cientistas da agência que os ajudassem a acelerar os testes. A iniciativa atraiu US$ 5 milhões em financiamento adicional na terça-feira do Departamento de Estado dos EUA.

O trabalho dos cientistas da AIEA nos laboratórios de Siebersdorf, na Áustria, vai além da energia nuclear. São utilizadas técnicas atômicas a pedido dos membros para avanços em assistência médica, produtividade agrícola e combate a pragas. Os testes de RT-PCR desenvolvidos usam radiação ionizante para detectar alterações genéticas causadas pelo vírus.

A capacidade de realizar testes para o Covid-19 é vista como fator-chave para limitar a propagação da doença. O índice de testes é alto em países como Alemanha e Coreia do Sul e baixo em lugares como Itália e partes dos EUA.

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